O Estado de São Paulo
O libelo acusatório da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra os petistas Lula, Gleisi, Paulo Bernardo e Palocci e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, não se baseia apenas na delação premiada de 78 executivos da empreiteira da família deste, como se defendem os acusados, mas também em provas documentais, em abundante correspondência por e-mail entre o empresário e os políticos implicados. A prática dos crimes foi comprovada ainda por documentos apreendidos por ordem judicial, como planilhas e mensagens, quebra de sigilos telefônicos, outras diligências policiais, confissões extrajudiciais e comprovação de fraude na prestação de informações à Justiça Eleitoral. O transportador das vantagens indevidas foi identificado ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.Trata-se de crime de alta monta, pois no empenho de chegar a US$ 40 milhões, (R$ 64 milhões, à época) com contrapartida da autorização dada pelo chefão, ora preso em Curitiba por outro crime e respondendo por outros mais na Justiça Federal, para o BNDES financiar obras da empreiteira em Angola no valor nada desprezível de R$ 1 bilhão.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na terça-feira 1.º de maio de 2018, às 7h30m)
Para ouvir clique no link abaixo e, em seguida, no play: