Aguirre Talento, Carolina Brígido e André de Souza, O Globo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar nesta terça-feira para libertar o lobista do PMDB Milton Lyra. Ele terá apenas duas restrições: não poderá manter contato com os demais investigados por qualquer meio e está proibido de deixar o país, devendo entregar o passaporte em 48 horas.
O lobista foi preso preventivamente no mês passado na Operação Rizoma, por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, por suspeitas de envolvimento com desvios no Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, e de lavagem de dinheiro dos recursos desviados.
Gilmar destacou que há outras medidas além da prisão que podem ser aplicadas. Segundo ele, "o perigo que a liberdade do paciente (Milton Lyra) representa à ordem pública ou à aplicação da lei penal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas que a prisão".
Em parecer enviado ao STF na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o lobista continuasse preso. Ela afirmou que a prisão de Lyra e de outros investigados é importante para “assegurar a ordem pública, a aplicação da lei penal, além de resguardar a investigação criminal”.