Com O Antagonista
Depois de Manuela D’Ávila dizer que os governos militares foram antidemocráticos, mas “mais nacionalistas” que o atual, chegou a vez de seu ex-colega de PC do B, Aldo Rebelo, defendê-los.
Em entrevista à BBC Brasil, Rebelo, que passou pelo PSB e agora está no Solidariedade de Paulinho da Força, declarou que não se sente mais à vontade no que chamou de “esquerda moderna, do politicamente correto”.
O ex-ministro da Defesa negou que os militares, hoje, queiram envolvimento com a política partidária.
“Eles têm preocupações legítimas de brasileiros patriotas com a situação geral do país. O país hoje vive desorientado. Os valores de amor ao país, à memória, à história, da disciplina, hierarquia, você encontra nas Forças Armadas.”
Rebelo também negou que a declaração do comandante do Exército, Eduardo Villas Boas, nas redes sociais na véspera da sessão do STF sobre prisão após a segunda instância tenha gerado instabilidade.
E classificou 1964 de “golpe civil”. “Foi um golpe do empresariado, da igreja, da embaixada americana, da mídia. Os militares entraram de última hora e não saíram até hoje –a Comissão da Verdade está aí atrás deles. Não pegou nenhum bispo, nenhum padre, nenhum empresário, nenhum embaixador, nenhum editorialista.”