Gerson Almada, da Engevix, e Eduardo Leite, da Camargo Corrêa,
admitiram à Justiça o pagamento de propina com recursos do petrolão
O juiz Sergio Moro autorizou nesta terça-feira que os empresários Gerson Almada, da Engevix, e Eduardo Leite, da Camargo Corrêa, prestem depoimento à CPI da Petrobras, em Brasília, na próxima quinta-feira.
Os dois admitiram à Justiça o pagamento de propina e detalharam que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu dinheiro sujo. No caso de Almada, os pagamentos da Engevix foram feitos depois de solicitação do lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras.
Segundo Eduardo Leite, Vaccari pediu que a propina que a Camargo Corrêa deveria pagar à mesma diretoria fosse repassada ao PT por meio de doação eleitoral. Como o executivo da Camargo fez um acordo de delação premiada, o juiz Sergio Moro disse que o depoente pode responder apenas a perguntas sobre o escândalo do petrolão, não sendo possível que ele divulgue informações sobre crimes ainda em investigação.