sábado, 30 de maio de 2015

Pimentel defende mulher e diz que operação é um ‘equívoco que será corrigido’. Inocente como Lula, Blatter, Marinho, Dilma...

O Globo

PF investiga o uso da empresa da jornalista pela organização do empresário Benedito de Oliveira



O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel - Guito Moreto/20-6-2012 / Agência O Globo


O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, convocou a imprensa neste sábado, no Palácio da Liberdade, para dizer que o mandado de busca e apreensão cumprido ontem no apartamento de sua mulher, a primeira-dama Carolina de Oliveira Pereira, foi “um equívoco que será corrigido”. Sem responder perguntas, ele disse que não havia fundamento para a suspeita:

— O mandado foi expedido com base em alegação absolutamente inverídica. Portanto, Carolina está sendo vítima de um erro, de um equívoco que será corrigido.

Pimentel informou que a mulher não participou da coletiva por estar grávida e muito abalada, portanto, por orientação médica, permaneceu em repouso.


— Estou aqui não na qualidade de governador, mas como cidadão, pai e esposo. É meu dever prestar contas. Só não fizemos isso ontem, porque queríamos ter acesso aos autos do inquérito. Carolina está abalada — informou.

O advogado Pieapaolo Bottini, que acompanhava o governador, disse que o endereço vasculhado pela PF foi, de fato, sede de uma empresa de Carolina, mas a firma já estava fechada no fim de 2014, época da investigações da PF.

A Polícia Federal investiga o uso da empresa da jornalista pela organização do empresário Benedito de Oliveira, um dos presos nesta sexta-feira pela Operação Acrônimo. Um dos relatórios da operação a que o GLOBO teve acesso afirma que a Oli Comunicação e Imagens, que está em nome de Carolina, seria apenas uma empresa de fachada. A empresa teria sido usada pelo grupo de Benedito para movimentação financeira indevida.
A Polícia Federal concluiu que a Oli Comunicação é empresa fantasma depois de fazer uma visita ao endereço da empresa. No papel, a Oli funciona no mesmo endereço da PP & I Participações Patrimoniais, outra empresa supostamente usada em negócios nebulosos de Benedito Oliveira.

"Conforme item 3.1.1. da Informação 009/2015, embora a recepcionista do local tenha referido o funcionamento da empresa Oli, nos salas 1810 e 1881 (onde deveria funcionar a empresa) não foi encontrada qualquer indicação da existência da mesma", diz o procurador Ivan Marx ao pedir à Justiça Federal busca e apreensão de documentos em endereços de Caroline.