Se letra fosse gente, o mais recente post sobre a farra multibilionária do BNDES seria uma catarata de consoantes possessas, vogais de cabelos em pé e sílabas de trabuco na mão, fora o resto. Subjugado anos a fio pelo lulopetismo hegemônico, que o reduziu a avalista de abjeções africanas ou cucarachas e patrocinador de velhacos amigos, o antigo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não existe mais.
Privatizado pelo clube dos cafajestes, perdeu o rumo, perdeu a vergonha e agora rasga publicamente o dinheiro do país que presta. Não pertence ao Estado. É propriedade do PT. Cuida do Desenvolvimento Econômico de ditaduras companheiras (e do enriquecimento dos envolvidos nas pilhagens). O Social acrescentado ao nome de batismo foi sempre um adereço implorando pela guilhotina. Visto de perto, o S que completa a sigla é um $ que foge da polícia.
A gastança bancada pelos bilhões extorquidos dos pagadores de impostos assumiu proporções tão repulsivas que acabou virando segredo de Estado. Num Brasil supostamente democrático, os contratos do BNDES com Cuba e Angola caíram na clandestinidade. A depender dos vigaristas que forjaram as tenebrosas transações, só sairão do limbo das maracutaias sigilosas no fim da próxima década.
Sem prestar contas do que já foi pelo ralo, o BNDES quer mais milhões de reais para torrar — nas sombras, de preferência. Haja cinismo. E haja deboche, berra a peça publicitária que celebra a “transparência” do banco que se move nas catacumbas. Confira o vídeo acima. Dura poucos segundos a bofetada no rosto da nação. Mas como dói.
No faroeste americano, bancos são assaltados por vilões. No faroeste à brasileira, é um banco que assalta gente honesta e repassa o produto do roubo para os bandidos de estimação. Os gatunos foram longe demais. Mas não tão longe que uma boa cadeia não resolva.