Sempre afirmo que o brasileiro médio é conservador por natureza. Ele traz consigo a noção, praticamente inata (ou seja, que ninguém lhe ensinou), que deve preservar para as suas gerações futuras os valores tradicionais que herdou de seus antepassados, reconhecendo que, apesar de precisar ser reformado, trata-se de um conjunto de bens universais bom, que merece ser conservado.
Para fazer isso, ou seja, para preservar esse patrimônio civilizacional herdado, fruto do trabalho dos seus antepassados, ele sabe que deve defender pilares como a família, o sistema jurídico, e a moral cristã. Ele, o brasileiro médio, tem plena noção que destruir as coisas é muito ruim, e será o modo pelo qual esse sistema que ele ama ruirá, caso a destruição se implemente.
Isso é, de fato, a essência do conservadorismo.
Mas o problema é que a minoria anticonservadora apossou-se do Estado Brasileiro, e aparelhou as instituições a seu favor de uma maneira tão grande que conseguiu, apesar do seu número manifestamente menor, estabelecer uma hegemonia a seu favor.
E um anticonservador desse não é apenas um “anticonservador”: ele é um agente do ódio e da intolerância contra o pensamento conservador, que trabalha incessantemente para calá-lo e, se preciso for, exterminá-lo.
Nós somos, de fato, uma legião; somos a maioria da população. Mas não temos voz, e constantemente somos atacados.
Agora, de um tempo para cá, que ganhamos relevância, esses agentes do ódio anticonservadores tentam fazer com que voltemos ao nosso “subterrâneo” onde ficamos presos por 40 anos, sem termos com quem conversar e debater, sem expormos nossas ideias, e principalmente sem sermos protagonistas de algo na realidade do país.
Portanto, nosso trabalho de conscientização sobre essa nossa própria realidade não pode parar nunca!
E está na hora de todos que se dizem conservadores entenderem que possuem uma “missão”: desesquerdizar a sociedade.
Para isso, têm que ocupar espaços (na política, no Estado, na cultura) e levar a verdade a todos que puderem e conseguirem: a verdade que nós, conservadores, somos o grande entrave, o grande empecilho, para a minoria anticonservadora que deseja a destruição dos valores tradicionais da civilização que amamos.
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado
Jornal da Cidade