O Palácio do Planalto marcou para esta quarta-feira, 17, a cerimônia de posse do deputado Fábio Faria (PSD-RN) como ministro das Comunicações. Faria é do PSD e o presidente Jair Bolsonaro diz que nomeação é da sua cota pessoal de indicações.
Em entrevista à TV Band News, nesta segunda-feira, 15, Bolsonaro afirmou que o deputado é seu “amigo particular” há muito tempo. “Ter parlamentares não tem nada a ver com fisiologismo. Temos bons parlamentares. O Fábio Faria entende do assunto, acredito muito no trabalho dele”, disse o presidente.
Na semana passada, Bolsonaro anunciou que decidiu recriar o Ministério das Comunicações, dividindo a atual pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes, militar da reserva.
Historicamente vinculada à Presidência, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) foi extinta. As atribuições foram assumidas pelo novo ministério chefiado por Faria.
A Secom é atualmente comandada pelo advogado Fábio Wajngarten, empresário do setor de checagem de audiência em TVs. Wajngarten será transferido para o ministério. Deixará de ser subordinado aos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil) e passará a responder a Faria, com quem tem boa relação.
A Secom é o quinto maior contratante de publicidade do poder Executivo federal, com R$ 127,3 milhões em contratos vigentes com agências de propaganda. Além da publicidade, é responsável pela divulgação dos atos do governo, por assessoria e relacionamento com imprensa e por atuação nos meios digitais, com controle das redes sociais do Planalto.
Genro do empresário Silvio Santos, do SBT, Faria vai comandar o ministério que tem atribuições na área da radiodifusão, incluindo a determinação de políticas públicas, processos e renovações de outorgas, fiscalização de conteúdo, entre outras. Como a Secom também foi transferida para o novo ministério, Faria será responsável, ainda, por distribuir verbas para TVs, além de cuidar de políticas públicas e fiscalização em áreas de interesse de empresas da sua família.
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo