A operação busca combater a suposta organização criminosa que teria desviado mais de R$ 18 milhões destinados à compra de respiradores
O Ministério Público estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagra nesta quarta-feira, 17, outra etapa da Operação Mercadores do Caos. Assim sendo, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro e outros nove mandados de busca e apreensão no Rio (4) e em Brasília (5).
A operação, iniciada em maio deste ano, busca combater uma suposta organização criminosa. O grupo, portanto, teria desviado mais de R$ 18 milhões destinados à compra de respiradores. Os equipamentos foram adquiridos através de contratos sem licitação.
Um dos presos é o superintendente de Orçamento e Finanças da Secretaria estadual de Saúde, Carlos Frederico Verçosa Duboc. Ele foi contratado na gestão de Edmar Santos na pasta e continuou na equipe do atual secretário, Fernando Ferry.
Verçosa foi preso em casa, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Vale lembrar que, na primeira fase da operação, o ex-subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro Gabriel Neves foi preso.
Operação Mercadores do Caos
Iniciada há um mês, é uma parceria entre o MPRJ, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Assim sendo, a ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária; da Coordenadoria de Segurança e Inteligência; do Centro de Inteligência do MPDFT; da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Em síntese, mais um episódio do covidão fluminense.
Operação Placebo
A Polícia Federal (PF) investigou em 26 de maio o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ele é suspeito de participar do chamado covidão. Quinze equipes da PF participaram da ação que envolveu o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo.
A finalidade, portanto, é apurar supostos desvios de recursos públicos destinados ao combate à covid-19 no Estado. Conforme noticiou Oeste, há indícios de que governadores embolsaram o dinheiro voltado às políticas de enfrentamento ao coronavírus.
Entre os casos apresentados pela reportagem, está a compra de respiradores acima do preço pela Secretaria estadual de Saúde do Rio.
Cristyan Costa, Revista Oeste