O Partido Comunista chinês divulgou hoje um relatório sobre a resposta do país em relação à pandemia de covid-19. No documento, o governo defende sua atuação “transparente e célere”.
Além disso, o texto aponta que as autoridades “não perderam tempo” em compartilhar informações com a Organização Mundial da Saúde, bem como com os países e organizações regionais relevantes, informa a AP.
O presidente da Comissão Nacional de Saúde, Ma Xiaowei, garantiu: “O governo chinês não atrasou ou encobriu nada. Relatamos imediatamente dados e informações relevantes sobre a epidemia à comunidade internacional”.
Segundo ele, houve importante contribuição para a prevenção e controle da epidemia em todo o mundo.
Contudo, de acordo com informações obtidas pela Associated Press, a ditadura chinesa ocultou dados sobre o vírus. E impossibilitou o mundo inteiro a agir contra o patógeno, que infectou vários países.
Em 18 de janeiro deste ano, 3.000 pessoas se reuniram para comemorar o Ano Novo Lunar, em Wuhan, na China. Quatro dias antes, o Partido Comunista já sabia do potencial do coronavírus, mas permitiu que a festa ocorresse.
Só em 20 de janeiro, portanto seis dias depois de as autoridades chinesas tomaram conhecimento do surto, é que a população foi informada.
Em razão do atraso no enfrentamento à covid-19, o sistema de saúde local entrou em colapso. Com infectados viajando para outros países, o vírus contaminou o resto do mundo.
Ataques aos EUA
A mídia estatal chinesa, controlada pelo Partido Comunista, despejou no início de maio uma torrente de críticas sobre o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. O noticiário local se referiu ao funcionário do governo Trump como “mentiroso” e “cuspidor de veneno”.
Os ataques vieram depois de Pompeo revelar que possui documentos que comprometem o regime. Segundo ele, o coronavírus surgiu num laboratório na cidade de Wuhan. Entretanto, o secretário não acusou os chineses de espalhar o patógeno propositadamente.
Cristyan Costa, Revista Oeste