sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Marina se queixa de ataques ao falar sobre queda em pesquisa

Sérgio Rouxo - O Globo

Candidata do PSB, que caiu 3 pontos segundo o Datafolha, diz que não vai alterar estratégia de campanha


Agora no PSB, as ex-petistas Marina Silva, candidata a presidente, e Luiza Erundina, em comício em São Bernardo do Campo, berço do PT e da CUT - Marcos Alves / Agência O Globo

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, se queixou novamente dos ataques feitos pelos adversários ao ser questionada sobre a queda de três pontos na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira. Segundo o levantamento, a presidente Dilma Rousseff (PT) abriu uma vantagem de sete pontos em relação à ex-senadora, com 37% a 30%. Aécio Neves, do PSDB, está com 17% das intenções de voto.

Em evento em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a presidenciável disse que não pretende mudar a estratégia diante do novo cenário.

— Vamos continuar apresentando as nossas propostas e fazendo uma campanha limpa. Não queremos entrar no jogo de que vale tudo pra ganhar a eleição — disse Marina.


Durante o comício na Praça da Matriz de São Bernardo, ponto simbólico de reuniões do movimento sindical encabeçado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos anos 1970, Marina disse que a petista Dilma Rousseff tem 11 minutos no horário eleitoral para atacá-la. A candidata afirmou ainda que projetos de parlamentares da base do governo ameaçam os direitos dos trabalhadores.

Apesar da declaração da candidata, internamente a avaliação é que o resultado da pesquisa preocupa. Segundo o Datafolha, aumentou também a rejeição dos eleitores ao nome de Marina. Da semana passada para a pesquisa divulgada hoje, a rejeição aumentou de 18% para 22%, deixando a candidata numericamente à frente de Aécio Neves, mas em empate técnico. A rejeição do tucano oscilou um ponto para baixo, ficando em 21%. Já a da presidente Dilma se manteve estável e é a mais alta entre três candidatos (33%).

No cenário de segundo turno, Dilma e Marina estão tecnicamente empatadas, mas a vantagem de Marina sobre a petista diminuiu: na semana passada, o placar era de 47 a 43 e, na pesquisa de hoje, é de 46% a 44%.