Catarina Alencastro - O Globo
Em resposta à presidente, candidata do PSB afirmou, em Goiânia, que também não sabe o que a petista pensa

— Eu não sei exatamente o que ela pensa. Ela disse que ia ganhar o primeiro mandato para manter o país crescendo, para reduzir juros e controlar a inflação. A inflação aumentou, os juros subiram e o país tem um crescimento pífio. Gostaria que ela apresentasse o seu programa e que não ficasse se escondendo atrás das fofocas. Vou continuar oferecendo a outra face — disse.
Com quase duas horas de atraso, Marina discursou no pátio da faculdade Unifan, em Aparecida de Goiânia, para uma plateia que já começava a deixar o local, às 22h30m. Em sua fala, ela voltou a acusar os dois adversários, Dilma e o tucano Aécio Neves, de a atacarem e mentirem sobre ela por não terem um programa a apresentar.
— Eles querem o embate porque não têm o que dizer. Nós queremos o debate em respeito a você, porque temos um programa. Estamos vendo o movimentado consciência que não se vende, não se troca, não se troca, não se verga à mentira e ao boato — disse.
Martelando sua principal bandeira, a da renovação da política, a candidata disse que quem vai ganhar as eleições não são as velhas estruturas. E ao se comparar a Dilma, disse que se ela ganhar, vai ter de agradecer aos senadores José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros, além do candidato Paulo Maluf. Marina ainda acusou Dilma de trocar ministérios por tempo de TV.
— Conto com apenas dois minutos de programa para me defender da calúnia e do boato. A presidente Dilma tem 11 minutos, quase 12. Sabe como conseguiu isso? Com alhos e bugalhos, trocando ministérios por segundos de televisão — discursou.
Apesar dos ataques principalmente a Dilma, Marina disse que sua campanha é de alto nível e sem fofoca. Ao lado de seu candidato a vice, Beto Albuquerque, ela dividiu o palanque com o candidato do PSB ao governo de Goiás, Vanderlan.