Felipe Werneck - O Estado de S. Paulo
Candidata afirma que foi criado grupo 'com milhares de pessoas pagas para mentir' nas redes sociais: 'É um verdadeiro mensalet'
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, usou a expressão "mensalet" e acusou adversários de formar um grupo com "milhares de pessoas pagas para mentir" nas redes sociais, durante comício no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite desta quinta-feira, 25.
"É um verdadeiro mensalet", discursou Marina, juntando as palavras mensalão e internet. Pouco antes, ela havia perguntado ao público quem estava nas redes sociais. "Agora, espontaneamente, por favor nos ajudem a falar a verdade, a falar das propostas. Não é para fazer com eles a mesma coisa. Não é para responder na mesma moeda. Não queremos destruir a Dilma (Rousseff, presidente e candidata petista à reeleição), não queremos destruir o Aécio (Neves, candidato tucano à Presidência). Nós só queremos uma coisa. Queremos construir um Brasil diferente. A nossa perspectiva é a da política com P maiúsculo. Essa é a diferença. Eles não sabem de onde vem a nossa força, que vem do respeito à diversidade e ao cidadão que não quer mais ser espectador", discursou a candidata.

Marina voltou a dizer que é contra a reeleição e reafirmou que não vai acabar com projetos do PT como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família. "Isso é mentira!".
O comício, na Praça da Emancipação, também conhecida como Praça do Relógio, estava marcado para as 17h30, mas começou com duas horas de atraso. Com a demora, o público foi reduzido e não lotou a praça. Uma hora após o início, Marina deixou o local, acompanhada pelo candidato a vice em sua chapa, Beto Albuquerque.
Parente. Ao chegar, a candidata era aguardada por José Emídio da Costa, de 79 anos, tio de Marina, cearense e morador de Duque de Caxias há 36 anos. "Ela nem sabe que eu estou aqui hoje. "Acho que a coisa vai pra frente, por conta da honestidade dela. O canto dela está lá em Brasília", disse o parente, confiante na vitória da socialista. Também foi dar apoio a Marina o ex-preso político e fundador do PT Eurico Natal, de 87 anos, que presidiu o Partido dos Trabalhadores em Caxias.