Em depoimento à Justiça Federal, a contadora Meire Poza confirmou que as notas fiscais emitidas por empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef eram fictícias. Segundo ela, foram emitidas notas da GFD para empreiteiras sem que houvesse em troca prestação de serviço para essas construtoras. No depoimento tomado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato no Paraná, e gravado em video são citadas como empresas que pagaram por um serviço inexistente a Sanko Sider e a empreiteira Engevix.
Meire Poza revelou ainda que via muito dinheiro em espécie entrando e saindo do escritório da GFD em São Paulo:
— Lá tinha cofre e entrava muito dinheiro.
Ela contou também que em uma ocasião acompanhou funcionários da GFD levando uma mala de dinheiro no escritório da OAS.
A empresa Sanko Sider nega envolvimento em irregularidades e alega que os pagamentos foram feitos segundo notas emitidas regularmente. Procurada, nos últimos dois dias, a OAS ainda não deu retorno.