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Ao longo da história, falastrões protagonizaram cenas patéticas na tribuna

O ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante um discurso na Assembleia Geral da ONU, em 2006 (Stephen Chernin/Getty Images)
A 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU foi aberta nesta quarta-feira com Dilma Rousseffcondenando o "uso da força" para resolver conflitos internacionais, um dia depois de "lamentar enormemente" os bombardeios americanos contra os terroristas do Estado Islâmico na Síria. Foi um momento constrangedor, mas não foi o único. Ao longo da história, o encontro foi marcado por cenas patéticas, desde o líder soviético Kruschev batendo o sapato na mesa para tumultuar a sessão até o coronel Hugo Chávez falando do "cheiro de enxofre" deixado por George W. Bush no ambiente. Confira alguns momentos memoráveis – ou esquecíveis – dos discursos:
Reinaldo Azevedo: Dilma na ONU: nada comparável desde o sapato de Kruschev
Cinco momentos constrangedores na Assembleia Geral da ONU
Durante a Guerra Fria, o líder soviético Nikita Kruschev protagonizou uma cena patética ao bater com o próprio sapato na mesa para tentar abafar o discurso do representante filipino que fazia críticas ao regime comunista.
O primeiro discurso do ditador cubano Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU ficou marcado pela duração: intermináveis quatro horas e meia, com pregações contra os Estados Unidos e insultos a John F. Kennedy e Richard Nixon, à época candidatos à presidência dos Estados Unidos. Desde 2003, o tempo destinado na tribuna a cada chefe de Estado é de 15 minutos.
Em 2006, o venezuelano Hugo Chávez discursou um dia depois do americano George W. Bush. Foi a deixa para o teatro bolivariano: “O diabo esteve aqui ontem. Ainda está cheirando a enxofre".
Após quatro décadas no poder, o ditador líbio Muamar Kadafi aproveitou bem seu primeiro discurso na Assembleia Geral, em 2009: falou por aproximadamente 100 minutos. Foi tempo suficiente para todo tipo de devaneio, como exigir que George W. Bush e Tony Blair fossem julgados pela guerra no Iraque, comparar o Conselho de Segurança da ONU à rede terrorista Al Qaeda e reivindicar uma indenização pelos estragos do colonialismo na África.
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad falou muitos absurdos em discursos na ONU, chegando a dizer que os Estados Unidos haviam orquestrado os atentados de 11 de setembro e a acusar a Europa de usar o Holocausto como desculpa para apoiar Israel. A afronta levou delegações ocidentais a deixar o iraniano falando sozinho – mais de uma vez.
Cinco momentos constrangedores na Assembleia Geral da ONU
Nikita Kruschev (1960)
Durante a Guerra Fria, o líder soviético Nikita Kruschev protagonizou uma cena patética ao bater com o próprio sapato na mesa para tentar abafar o discurso do representante filipino que fazia críticas ao regime comunista.
Fidel Castro (1960)
O primeiro discurso do ditador cubano Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU ficou marcado pela duração: intermináveis quatro horas e meia, com pregações contra os Estados Unidos e insultos a John F. Kennedy e Richard Nixon, à época candidatos à presidência dos Estados Unidos. Desde 2003, o tempo destinado na tribuna a cada chefe de Estado é de 15 minutos.
Hugo Chávez (2006)
Em 2006, o venezuelano Hugo Chávez discursou um dia depois do americano George W. Bush. Foi a deixa para o teatro bolivariano: “O diabo esteve aqui ontem. Ainda está cheirando a enxofre".
Muamar Kadafi (2009)
Após quatro décadas no poder, o ditador líbio Muamar Kadafi aproveitou bem seu primeiro discurso na Assembleia Geral, em 2009: falou por aproximadamente 100 minutos. Foi tempo suficiente para todo tipo de devaneio, como exigir que George W. Bush e Tony Blair fossem julgados pela guerra no Iraque, comparar o Conselho de Segurança da ONU à rede terrorista Al Qaeda e reivindicar uma indenização pelos estragos do colonialismo na África.
Mahmoud Ahmadinejad
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad falou muitos absurdos em discursos na ONU, chegando a dizer que os Estados Unidos haviam orquestrado os atentados de 11 de setembro e a acusar a Europa de usar o Holocausto como desculpa para apoiar Israel. A afronta levou delegações ocidentais a deixar o iraniano falando sozinho – mais de uma vez.