Carina Bacelar - O Globo
De acordo classificação do Diap, PT tem mais protagonistas na legislatura: 27
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou a lista dos 100 "cabeças" do Congresso Nacional em 2014. São os deputados e senadores considerados mais atuantes nas respectivas casas parlamentares, protagonistas do processo legislativo e influentes nos processos decisórios, segundo a publicação. O estado com mais "cabeças" é São Paulo, com 17 parlamentares, seguido por Rio Grande do Sul, com 11, e Pernambuco e Rio, empatados com nove.
Do Rio, sete deputados e dois senadores fazem parte da lista: os deputados Alessandro Molon (PT), Anthony Garotinho (PR) Chico Alencar (Psol), Eduardo Cunha (PMDB), Jandira Feghali (PC do B), Miro Teixeira (PROS) e Rodrigo Maia (DEM). Já os senadores são Lindbergh Farias (PT) e Francisco Dornelles (PP).
O PT, maior partido do Congresso, é o que tem também o maior número de protagonistas: são 27 entre os 100 que ocupam cargos nas duas casas legislativas atualmente. Logo depois aparece o PMDB, com 15 representantes, e o PSDB, com 11. De acordo com a listagem do Diap, entre os 22 partidos com representação no Congresso, apenas seis (PTdoB, PRP, PSDC, PSC, PRB e PMN) não têm representantes na chamada elite parlamentar.
A presença feminina na relação do Diap é baixa, seguindo a tendência da legislatura: respondendo por apenas 9% do Congresso, as mulheres são 8 entre os 100 mais atuantes.
De acordo com Augusto de Queiroz, coordenados da pesquisa e diretor de Documentação do Diap, a elite do Congresso deve sofrer alteração de 40% a partir de 2015, já que em torno de 60% dos parlamentares vão tentar novos cargos no Legislativo federal nas eleições desse ano.
- Nomes como Sarney, Francisco Dornelles, Pedro Simon e outros de expressão não estarão na próxima legislatura, seja porque desistiram de concorrer ou porque disputam outros cargos - analisa.
Ele destaca ainda que grandes bancadas, como a de Minas, a segunda maior, perdem espaço na lista para estados com menos representantes porque se abstêm de entrar no debate de temas nacionais.
- Minas é uma bancada que se mostrou muito provinciana na medida em que não tinha quadros para participar de modo efetivo de grandes debates nacionais, diferente do Rio Grande do Sul, que tinha quadros com conteúdo, experiência e disposição. São Paulo, por exemplo, que é o principal Centro Financeiro do país tem uma presença porque os eleitos por lá são formadores de opinião e representam segmentos empresarias e de trabalhadores. São parlamentares que vêm com agendas a ser debatidas no plano nacional.
Antonio avalia ainda que o a baixa presença das mulheres na lista é reflexo da representação do gênero na política em geral.
- Segue a mesma proporção. A participação das mulheres na politica é desproporcional em relação à economia e à própria posição de eleitores, quando são maioria.