terça-feira, 7 de outubro de 2025

Presidente do Equador é alvo de atentado, diz ministra

 Ataque ocorreu quando o carro de Daniel Noboa chegava a um evento na Província de Cañar


Presidente do Equador, Daniel Noboa | Foto: Wikimedia Commons 


O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de atentado nesta terça-feira, 7. De acordo com a ministra de Energia, Inés María Manzano, o líder equatoriano não se feriu. Ela ainda classificou o ataque como uma “tentativa de assassinato”. 

O atentado ocorreu quando o carro de Noboa chegava a um evento na Província de Cañar, região central do país. Segundo Inés, um grupo de aproximadamente 500 pessoas cercou e atacou o veículo do presidente do Equador. 




Conforme a ministra, o carro que levava o político equatoriano ficou com marcas de balas. Além disso, o grupo atirou pedras. A polícia do Equador prendeu pelo menos cinco pessoas. 

Onda de violência no Equador

O Equador enfrenta uma onda de violência extrema. Facções como Los Lobos e Los Choneros aterrorizam a população com sequestros, tráfico de drogas, extorsões e assassinatos. Alguns dos alvos dos criminosos são políticos.


Candidato assassinado tinha discurso anti-terrorista e já havia recebido ameaças. - Foto: Karen Toro\Reuters

O caso mais emblemático foi o assassinato do então candidato à Presidência do país Fernando Villavicencio. Jornalista de profissão, o político equatoriano foi atingido com três tiros na cabeça ao sair de um comício, em agosto de 2023. Haveria um número maior de vítimas se uma granada lançada em sua direção tivesse explodido.

Criminosos invadem emissora de televisão Em janeiro de 2024, um grupo de criminosos invadiu um estúdio de televisão pública do país. A emissora TC Televisión estava transmitindo um programa jornalístico, chamado El Noticiero.

Além do problema do crime, o Equador enfrenta uma onda de protestos liderados por indígenas contra o fim do subsídio ao diesel. No último domingo, 5, Noboa decretou estado de exceção em dez das 24 Províncias do país em razão dos protestos. A decisão do presidente equatoriano ocorreu depois da morte de um manifestante e confrontos que deixaram ao menos 150 feridos. 

Uilliam Grizafls - Revista Oeste