Em 2021, o Brasil teve o maior número de novos unicórnios, com dez empresas nacionais com valor de mais de US$ 1 bilhão, como MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, Merama, Facily e Olist
Berço das primeiras iniciativas de estímulo a startups no Brasil, o Cubo — do banco Itaú — informou que as empresas que fazem parte de sua rede captaram cerca de R$ 3 bilhões em investimentos em 2021. O montante é 60% superior, na comparação de um ano antes. O Cubo citou, como exemplo, o aporte de US$ 10 milhões (cerca de R$ 55 milhões) na Beer or Coffee, startup que conecta empresas com vagas disponíveis no mercado.
Outro exemplo citado foi a Niduu, startup de treinamento de funcionários adquirida pela Gupy, empresa brasileira de gestão de RH.
O investimento em startups brasileiras bateu recorde em 2021 e ultrapassou R$ 50 bilhões, quase 200% superior ao ano de 2022, de acordo com a plataforma de inovação Distrito. Além disso, o crescimento no país dos unicórnios, quando empresas passam a ter um valor de mercado superior a US$ 1 bilhão, tem gerado um efeito manada, de incentivo a novos aportes.
Em 2021, o Brasil teve o maior número de novos unicórnios, com dez empresas brasileiras com valor de mais de US$ 1 bilhão, como MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, Merama, Facily e Olist.
A primeira startup bilionária brasileira foi o aplicativo de mobilidade 99, em janeiro de 2018. Um dos fundadores da empresa, Paulo Veras falou tempos atrás sobre a promessa de que 2022 será no setor de startups. Para Veras, há uma década, os investimentos migravam para o sudoeste asiático, e a América Latina era praticamente excluída do movimento.
Hoje, a região é o epicentro dos investimentos nesse tipo de negócio. O anúncio de R$ 3 bilhões em aportes nas empresas do Cubo, centro de empreendedorismo tecnológico do Itaú, confirma que 2022 tem tudo para ser um bom ano para as startups brasileiras.
Bruno Meyer, Revista Oeste