Pesquisa analisou os casos de covid-19 entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022
Um estudo publicado pela Universidade Estadual de Nova Iorque informou que a vacina da Pfizer reduz apenas 12% dos casos de infecção pelo coronavírus em crianças de 5 a 11 anos. A pesquisa analisou os casos de covid-19 entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 — período de surgimento da variante Ômicron.
A pesquisa sugere uma possível explicação para o resultado: a quantidade do produto injetado. Nos Estados Unidos, as crianças de 5 a 11 anos recebem duas doses de 10 microgramas da vacina da Pfizer — menos que os adolescentes, em que a dose é de 30 microgramas, a mesma aplicada em adultos.
A redução da dose infantil é uma tentativa de minimizar possíveis efeitos colaterais do imunizante. “A descoberta de uma efetividade marcantemente menor em crianças de 11 anos, se comparadas com outras de 12 e 13 anos, a despeito de sua fisiologia similar, sugere que a dose mais baixa pode explicar a menor efetividade na faixa etária entre 5 e 11 anos”, informa trecho do estudo.
Conforme o levantamento, os 12% de efetividade da vacina são contra infecção. Mas o estudo também constatou forte queda na proteção contra casos graves de covid-19, que caiu de 100% para 48%. Já entre os adolescentes, que tomam a dose maior, essa queda não foi tão intensa: de 95% para quase 75%.
A pesquisa foi publicada no início do mês, em formato preprint — artigos não revisados por pares e que ainda não foram publicados em uma revista científica.
Leia também: “A pressa irracional para vacinar crianças”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 98 da Revista Oeste
Revista Oeste