O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), não explicou a utilidade da sua decisão de liberar quase a íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
Experiente, o decano do STF sabia que faria “o circo pegar fogo”, mas seria inútil ao inquérito que apura a suposta “interferência” de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Para o Planalto, a divulgação do vídeo objetivou criar nova crise política, à falta de meios de apontar prática de crime pelo presidente da República.
O inquérito é contra Bolsonaro, mas Celso de Mello só viu “possível prática criminosa” de Abraham Weintraub (MEC), que xingou o STF.
Na investigação sobre “interferência na PF”, a montanha novamente pariu um rato.
O primeiro rato foi parido do depoimento de Moro à PF.
A avaliação geral, percebida nas redes sociais, é que o desabafo no vídeo da reunião ministerial fez bem à popularidade Bolsonaro.
O inquérito sobre denúncias de Moro gerou apenas uma crise política desnecessária, em tempo de pandemia, e show midiático.
Nada mais.
Cláudio Humberto, Diário do Poder.