Equipe econômica trabalha em medidas importantes para o país, mas ordem é não antecipar detalhes. Técnicos trabalham silenciosamente, respeitando as vítimas, e vão anunciar as diretrizes quando área sanitária avalizar
Ministro da Economia, Paulo Guedes, quer aprovar reformas para evitar que o país entre em depressão econômica
Foto: Divulgação/Agência Brasil
O governo não abandonou a agenda reformista, mas dificilmente vai apresentar suas propostas de reforma administrativa e tributária enquanto durar a pandemia do coronavírus. Mas sabe por quais caminhos voltar a discutir. A ideia é retomar os debates e ajustar as pautas para a nova realidade econômica assim que o Ministério da Saúde der o sinal verde.
A ordem no Ministério da Economia é que ninguém se antecipe a nenhum ponto sobre o processo de reabertura da economia ou sobre as reformas. A reabertura será determinada pela área da saúde. A partir do instante que ela apontar uma diretriz temporal em termos de reabertura, aí, sim, a equipe econômica vai dar transparência a suas propostas.
Evidentemente que o governo não está parado e trabalha, desde agora, nas pautas. Só não vai dar divulgação a isso. A meta de Guedes, explicam interlocutores a Oeste, é não ficar falando, em meio à pandemia, sobre economia. O governo quer evitar passar a imagem de que a pasta só pensa em dinheiro e não respeita a área sanitária.
Quem coordena as ações interministeriais da pasta é o secretário-executivo, Marcelo Guaranys, o “02”. É ele quem trabalha as eventuais alterações e ajustes à agenda reformista, e tem ordem direta de Guedes para não antecipar detalhes a ninguém. “Estamos trabalhando, mas não vamos desrespeitar as vítimas. Neste momento, não somos músicos, somos dançarinos”, destaca um técnico da Economia.

Ministro da Economia, Paulo Guedes, quer aprovar reformas para evitar que o país entre em depressão econômica
Foto: Divulgação/Agência Brasil
Rodolfo Costa, Revista Oeste