A droga tem sido usada no tratamento da síndrome de Mers e do Ebola. É produzida pela Gilead (pronuncia-se guí-le-ád). A autorização é concedida estritamente durante o tempo que durar a pandemia.
Segundo o Departamento, os benefícios da substância superam os riscos. Comunicado afirma que é “razoável acreditar” no potencial do fármaco, porém “não existem medicamentos aprovados pelo FDA considerados seguros e eficazes no tratamento de pessoas hospitalizadas com covid-19”.
O uso é limitado para adultos e crianças com suspeita ou confirmação de covid-19 em situação grave –que necessitam de oxigenoterapia ou de suporte respiratório mais intensivo, como respiradores.
Os efeitos colaterais do Remdesivir são, entre outros, aumento do nível de enzima hepática, pressão arterial baixa, náusea, vômito, sudorese e tremores. No texto, a agência diz esperar que o governo regulamente a distribuição do medicamento. O fármaco deve ser administrado em ambiente hospitalar por 1 profissional de saúde, ressalta.
HISTÓRICO
O infectologista Anthony Fauci, que integra a força-tarefa de combate à pandemia nos Estados Unidos, disse na 4ª feira (29.abr.2020) que o antiviral poderia bloquear o vírus em pacientes recém-infectados pela covid-19. Mas ressalvou que ainda é cedo para afirmar que a substância pode curar pacientes.
Já a revista científica The Lancet publicou no mesmo dia artigo que mostra que o Remdesivir não garante melhora em pacientes em estado grave. É o 2º estudo que sustenta essa tese.
Um estudo financiado pelo governo divulgado também na 4ª feira (29.abr.2020) mostrou que o fármaco diminuía o tempo de recuperação dos pacientes da covid-19 –de 15 para 11 dias. O efeito seria semelhante ao do medicamento Tamiflu no tratamento da gripe.