sábado, 28 de maio de 2016

STJ homologa delação de empresário que envolve Pimentel

Jornal Nacional - TV Globo


Segundo delator, grupo Caoa pagou em propina mais de R$ 10 milhões. 
Bené é apontado como operador de um suposto esquema de corrupção



O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, homologou a delação premiada do empresário Benedito Oliveira, apontado como operador de um suposto esquema de corrupção envolvendo o governador de Minas, Fernando Pimentel, do PT. Pimentel é investigado pela Operação Acrônimo, da Polícia Federal. 

Bené é dono de uma gráfica que prestou serviços a Fernando Pimentel durante a campanha dele ao governo estadual, em 2014. O empresário delatou que o valor total da propina chegou a R$ 20 milhões.
Num trecho da delação, publicado pelo jornal “O Globo”, Bené diz que, de 2011 a 2014, Pimentel recebeu propina de empresas beneficiadas pelo BNDES.
Nesse período, ele era ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma. Segundo o delator, só do grupo Caoa teriam sido mais de R$ 10 milhões.

O BNDES afirmou que não concedeu financiamentos à Caoa, que as operações do banco obedecem a critérios impessoais e técnicos, e que o processo passa por auditoria independente.
A defesa da Caoa afirmou que o grupo nunca pagou propina a quem quer que seja.
O advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que o governador jamais cometeu qualquer irregularidade quando era ministro, que a delação, por si só, não é elemento de prova e que a divulgação de parte de seu suposto conteúdo, além de ilegal, não tem outro sentido senão o de influenciar a opinião pública e promover a condenação antecipada do investigado.
A defesa de Benedito Rodrigues não foi encontrada