Armando Monteiro deixou nesta sexta-feira (6) o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Ele é mais um a desembarcar do governo e anuncia a decisão às vésperas da sessão do Senado que votará a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Prevista para quarta-feira (11), a votação pode levar ao afastamento de Dilma do cargo por até 180 dias.
A informação da saída de Monteiro foi confirmada pela assessoria do ministério. No lugar dele, assume interinamente o atual secretário-executivo do ministério, Fernando Magalhães Furlan.
A informação da saída de Monteiro foi confirmada pela assessoria do ministério. No lugar dele, assume interinamente o atual secretário-executivo do ministério, Fernando Magalhães Furlan.
De acordo com a assessoria do MDIC, Monteiro vai reassumir o mandato de senador. Ele é filiado ao PTB de Pernambuco. Na segunda (2), o então ministro se ofereceu para retornar ao Senado e votar contra o impeachment da presidente Dilma no plenário daquela Casa.
Nesta sexta, ao Blog do Camarotti, Monteiro disse que havia conversado com Dilma e que ela havia concordado com a sua volta ao Senado.
Antes de chegar ao Senado, Monteiro exerceu três mandatos como deputado federal, eleito pela primeira vez em 1998 pelo PMDB. Os dois mandatos seguintes, conquistados nas disputas eleitorais de 2002 e 2006, foram exercidos pelo PTB, partido ao qual o parlamentar se filiou em 2003.
Nas eleições de 2010, foi eleito senador em chapa liderada pelo então governador reeleito Eduardo Campos (PSB). Além disso, foi candidato a governador de Pernambuco nas eleições de 2014 pelo PTB, e ficou em segundo lugar na disputa, com 1.373.237 votos – o equivalente a 31,07%.
Administrador de empresas e advogado, Monteiro é empresário do setor industrial. Já presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sesi e o Senai nacionais, entre 2002 e 2010. Dirigiu também o conselho de administração do Sebrae.
