sexta-feira, 27 de maio de 2016

Meu escravo, minha vida

Com O Antagonista



Cármen Lúcia revogou hoje a medida cautelar que impedia a publicação oficial da lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho. Sua decisão contrariou liminar de Ricardo Lewandowski que beneficiava a MRV, campeã do Minha Casa Minha Vida.
O Antagonista revelou os bastidores dessa história em outubro do ano passado. Releiam aqui, por favor:

Lóssio e seus parceiros (1)

Brasil  17:48
Falamos mais cedo dos processos eleitorais em que Luciana Lóssio atuou em benefício do PT ou de seus aliados. Foi só uma amostra do que ocorre na Justiça Eleitoral. Lóssio tem vários parceiros na advocacia com atuação também no STJ e no STF.
Um deles é Técio Lins e Silva, que em 2013 foi contratado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), para derrubar a chamada lista suja do trabalho escravo do Ministério do Trabalho. Técio entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF.
Em pleno recesso judiciário, Ricardo Lewandowski concedeu liminar favorável à Abrainc e bloqueou a divulgação do cadastro.

Lóssio e seus parceiros (2)

Brasil  18:53
A decisão de Ricardo Lewandowski no STF acabou beneficiando no STJ um mandado de segurança impetrado pela MRV Engenharia, que havia sido incluída pelo MTE no cadastro de empresas que submetem seus funcionários a condições análogas ao trabalho escravo.
A MRV contratou a advogada Daniela Maroccolo Arcuri, sócia de Luciana Lóssio. A MRV pertence a Rubens Menin, que vem a ser o presidente da Abrainc.
Numa canetada só, Lewandowski beneficiou Lóssio e seus parceiros em duas ações casadas.

Lóssio e seus parceiros (3)

Brasil  19:22
Luciana Lóssio, Técio Lins e Silva e Daniela Arcuri também tiveram sucesso em outro mandado de segurança igualzinho o da MRV, mas tendo como cliente a Construtora EmCasa, do grupo Canopus de Minas Gerais, que havia sido incluída na lista suja do trabalho escravo.
A liminar de Lewandowski mais uma vez ajudou o trio de advogados. Em ambos os casos, a relatora dos mandados de segurança no STJ foi a ministra Assusete Magalhães, nomeada por Dilma Rousseff.