terça-feira, 2 de setembro de 2014

Principais fundos de pensão do mundo estimam total de ativos em US$ 15 tri em 2013, alta de 6,2%

Marcello Corrêa - O Globo, com agências internacionais

Fundos brasileiros recuaram 11,4% entre 2013 e 2012, influenciados por efeito do câmbio

Os ativos combinados dos 300 maiores fundos de pensão do mundo aumentaram 6,2% em 2013, na comparação com 2012, chegando a US$ 14,9 trilhões, segundo pesquisa da Pension & Investments e Towers Watson. A alta foi menos intensa que a registrada no ano anterior, de 9,8%. Enquanto isso, o montante aplicado nas entidades brasileiras recuou, influenciado pela depreciação do real frente ao dólar.

Assim como nos anos anteriores, o ranking continuou a ser dominado pelos fundos dos EUA, cujos ativos corresponderam a 41,4% do total apurado no ano passado. O Brasil é representado por apenas três entidades: a Previ, a Petros e a Funcef, maiores fundos de pensão do país. Juntos, eles somaram US$ 123 bilhões em ativos em 2013, volume 11,4% inferior aos US$ 138,9 bilhões de 2012.

O efeito cambial pesou sobre os números dos fundos nacionais, já que o ranking é medido em dólar. No fim de 2012, a moeda americana estava cotada em aproximadamente R$ 2,04; no ano passado, valia R$ 2,35, indicando depreciação do real e, consequentemente, reduzindo os valores apurados pela instituição internacional.

O país é apontado pela Towers Watson como um dos que sofreu o efeito da depreciação do câmbio entre 2008 e 2013. Além do Brasil, Japão, África do Sul, Dinamarca e zona do euro também viram suas moedas se depreciar frente ao dólar. Já Australia, Suécia, Chile, Suíça e Coreia do Sul registraram apreciação de suas divisas.

Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) mostram que os ativos dos três maiores fundos brasileiros, quando medidos em reais, subiram. No fim de 2013, Previ, Petros e Funcef somavam volume investido de R$ 290,6 bilhões, 1,88% superior aos R$ 285 bilhões acumulados em 2012.

A pesquisa da consultoria cita o forte avanço dos fundos da América Latina e da África, que juntos tiveram avanço de 16,1% entre 2008 e 2013. No mesmo período, as entidades da europa tiveram alta de 12%, indicando recuperação após a crise financeira global.

Países que adicionaram a maior quantidade de fundos à lista nos últimos cinco anos incluem a Austrália, com três fundos, e Coreia do Sul, Rússia, Polônia, Colômbia e Canadá, com dois fundos. Os Estados Unidos contribuem com a maior parte dos fundos para a lista, com o Reino Unido em seguida, com 26 fundos. Depois, vêm Canadá com 19, Austrália com 16, Japão com 14 e Holanda com 13.