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Prestes a completar 80 anos, em entrevista a uma TV, a atriz francesa também chamou o ex-presidente Jacques Chirac de 'rei dos mentirosos'

Brigitte Bardot aos 75 anos (Reuters/VEJA)
A atriz Brigitte Bardot ressaltou sua amizade com Marine le Pen e sua admiração pela líder da extrema direita francesa, “a única mulher que tem um par de colhões”. A declaração foi ao ar nesta quinta-feira na França, em entrevista à emissora France 2 para um especial por ocasião do 80º aniversário da atriz. Bardot afirmou que fala frequentemente por telefone com Le Pen.
Após comentar que tinha gostado que utilizassem sua imagem na campanha eleitoral da Frente Nacional (FN), a atriz justificou sua admiração pelas ideias de Le Pen porque “é a visão da França que gostaria que voltasse a aparecer'” já que o país atual não lhe agrada e “a sociedade não evolui na boa direção”. A eterna musa dos anos 60 declarou que quis ser entrevistada em sua propriedade para não ter que se deslocar para algum estúdio de TV. Ela vive em uma residência na Côte D'Azur francesa, a costa mediterrânea no sul do país, e afirmou estar “aposentada com muitos animais”.
A atriz disse ainda que tem “uma grande amizade”' com o centrista Valéry Giscard d'Estaing, mas não quis responder se foi um bom presidente da França durante seu mandato, de 1974 a 1981. Sobre o ex-presidente socialista François Mitterrand (1981 – 1995), Brigitte lembrou que ele a condecorou por sua contribuição ao cinema francês, mas que ela não aceitou receber a honraria. Em relação ao conservador Jacques Chirac (1995 – 2007), ela o desqualificou como “o rei dos mentirosos” e comentou que, assim como Nicolas Sarkozy (2007 – 2012), “foram extremamente encantadores comigo, mas não me deram nada” do que pedia para sua fundação pela defesa dos animais.
Finalmente, em relação ao atual chefe do Estado, o socialista François Hollande, Bardot afirmou que ele “presta muita atenção” ao que ela reivindica, mas não tem proximidade com ela. A atriz, que completa 80 anos no próximo dia 28, é conhecida por sua defesa dos animais e sua simpatia pela extrema direita francesa. Em outra entrevista, em agosto, ela tinha manifestado seu desejo de que Marine le Pen, a quem considera “a Joana d'Arc do século XXI”, chegue ao poder e “salve seu país”.

Brigitte Bardot em 2001 - Kael Alford/Newsmakers/VEJA
(Com agências EFE e France-Presse)