Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff tentou, nesta quinta-feira, dividir o desgaste do escândalo de corrupção na Petrobras com a oposição, lembrando que o ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa, que está preso, foi diretor da Gaspetro, subsidiária da Petrobras, no governo Fernando Henrique (PSDB).
— Você (repórter) está dizendo que ele trabalhou dez anos lá. Ele trabalhou 30. Antes (de ser diretor de Abastecimento), ele foi diretor da Gaspetro no governo FHC, foi diretor da região sul de Exploração e Prospecção — afirmou Dilma em entrevista ao Jornal da Record.
A presidente defendeu seu governo, afirmando que o escândalo na Petrobras só foi descoberto por causa de investigação feita pela Polícia Federal. Em delação premiada, Paulo Roberto Costa afirmou que havia um esquema de desvio de dinheiro na empresa com pagamento de propina para integrantes do governo, integrantes da base aliada no Congresso e governadores.
— Achar casos de corrupção não é algo simples, tanto que não houve indícios antes. A Polícia Federal chegou a ele através da investigação dos doleiros — disse a presidente, em referência à Operação Lava-Jato.