“É a economia, estúpido!”, escreveu James Carville, o
estrategista eleitoral de Bill Clinton, num cartaz pendurado na sede da
campanha, em 1992.
Como o brasileiro, definitivamente, está se lixando para a
corrupção e a incompetência de Dilma Rousseff, a se considerar a pesquisa Ibope
mais recente, só mesmo a economia pode derrotar o grupo que se instalou no
Palácio do Planalto desde 2003.
A inflação oficial beira os 7% - a inflação real deve estar
aí ao redor do dobro – e corrói a renda do trabalhador. Parodiando o Millôr,
´cada vez mais sobra mês no fim do salário`.
O eleitor parece indiferente à incompetência do governo
Dilma, que promete e não entrega, que fala em ética (aliás, nem mais usa a
palavra) e comete os maiores desatinos com o dinheiro do contribuinte, que,
perdulário, gasta mal. E os superfaturamentos são recorrentes nestes quase 12
anos de Lula-Dilma.
A novidade no `Brejo da Cruz` é o TCU, que acaba de
inocentar a presidente Dilma da negociata de Pasadena.
Quer dizer, o TCU blinda a presidente. Um escândalo maior do
que o escândalo da compra da refinaria. O relator do processo apareceu no
Jornal Nacional anunciando os nomes dos culpados. Acanhado, sequer olhou para a
câmara. Mais do que ninguém, sabia que a protagonista do caso Pasadena fora
indecorosa e maliciosamente retirada de cena. Ficaram os coadjuvantes.
Um absurdo, considerando-se que a petista presidia o
Conselho de Administração e, portanto, foi a principal responsável pela
operação.
Num quadro como esse, com as pesquisas revelando que 70% dos
brasileiros querem mudança no país, mas, estranhamente, mantêm Dilma ainda com
as maiores intenções de voto, só mesmo a deterioração continuada da economia
fará o eleitor acreditar que apostar em Aécio Neves ou Eduardo Campos poderá abrir o caminho de dias melhores para o
país.