domingo, 27 de julho de 2014

Informe contra Dilma não foi do banco e sim de um analista, diz presidente do Santander. Analista disse o que brasileiros sérios pensam

Executivo brasileiro garantiu que responsáveis por elaboração e aprovação serão demitidos

 


O mal estar gerado a partir do envio de informes a clientes de alta renda do Santander sugerindo que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) tende a piorar a economia ainda repercute. Neste sábado, o presidente mundial da instituição, Emilio Botín, disse que a responsabilidade "não foi do banco e sim de um analista que enviou o informe sem consultar quem deveria consultar". A informação é do site "G1".

Depois da declaração de Botín, um executivo brasileiro do banco, sem identificação, informou que todos os responsáveis pela elaboração e aprovação do texto serão demitidos após uma investigação interna, sem, no entanto, dar um prazo para isso. Botín participou da abertura do III Encontro Internacional de Reitores, promovido pelo Santander no Rio de Janeiro até a próxima terça-feira (29).

Ontem, o jornal espanhol “El País” repercutiu o caso. A reportagem entitulada de “A saia justa do banco Santander” afirma que a iniciativa “caiu como uma bomba no Planalto”, ressaltando a estreita relação de Dilma com o presidente mundial do Santander, Emílio Botín. A publicação lembra que “hoje, o Brasil representa um quinto do lucro do grupo”.

A publicação lembra que “desde que a presidenta Dilma Rousseff assumiu o poder, em 2011, o presidente mundial do Santander, Emílio Botín, esteve pelo menos quatro vezes no país. E nas quatro ocasiões, foi recebido pela presidenta no Palácio do Planalto, quando Botín fazia questão de tornar públicas suas mensagens de otimismo com o país”.