segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Bovespa decepciona em 2013 e deve encerrar o ano em queda de 15%

Bovespa decepciona em 2013 e deve encerrar o ano em queda de 15%

Entre outros motivos, a crise na OGX e de outras empresas do grupo X, de Eike Batista, pressionou o Ibovespa para baixo

 
 
Renata Pedini e Olívia Bulla, da Agência Estado
 

A Bovespa se despede de 2013 nesta segunda-feira, 30, em tendência alta, mas o resultado do ano decepciona. Em dia de agenda fraca, não há motivos para que a Bolsa mude o placar de quase 15% de perdas acumuladas ao longo do ano. Entre outros motivos, a crise na OGX e de outras empresas do grupo X, de Eike Batista, pressionou o Ibovespa - índice de referência do mercado - para baixo.
Entre as grandes bolsas do mundo, somente a do Peru, que cai mais de 20%, teve um resultado pior. Nesta terça-feira, 31, o pregão de ações, mercado futuro e dólar não funcionará, ou seja, a Bolsa tem apenas algumas hroas para reverter a qeuda, o qeu dificilmente ocorrerá.

Apesar do mal desempenho no ano, no dia o desempenho é positivo. Às 15 horas, o Ibvoespa avançava 0,91%, aos 51.734 pontos. A Petrobrás ajudava no desempenho, subindo 1,42%. Nos EUA, a Nasdaq cai 0,10%.

"Os negócios locais devem acompanhar Nova York", previu um operador, não descartando que terminem o dia no "zero a zero". "A liquidez deve ser reduzida e os indicadores previstos para o dia, nos EUA, só movimentarão o mercado se vierem muito distorcidos em relação às expectativas", acrescentou.

Dólar. Em relatório, a equipe de analistas do BB Investimentos destaca que os negócios no Brasil podem ser influenciados pelo aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 0,38% para 6,38%, para compras de cartões de débito no exterior, compras de traveller checks e saques em moeda estrangeira fora do País, que entrou em vigor no sábado.

O dólar à vista abriu em queda de 0,47% nesta segunda-feira, 30, cotado a R$ 2,3310 no balcão, mas a sessão deve ser esvaziada hoje em meio à proximidade do fim do ano e à antecipação da briga pela Ptax na semana passada. Os investidores que arriscarem suas apostas hoje devem repercutir a decisão do governo federal de elevar o IOF. Para o operador de câmbio Ricardo Gomes da Silva Filho, da Correparti Corretora, a influência dessa medida cambial deve ser indireta nos negócios com dólar.

"Foi uma manobra que deve direcionar o fluxo para a moeda em espécie", avalia, acrescentando que os turistas brasileiras não devem diminuir a compra de dólares por causa do aumento do imposto.

Ainda assim, Ricardo Filho não descarta a possibilidade de uma futura taxação para a aquisição do dólar em papel moeda. O operador também afirma que a decisão do governo deve ajudar a melhorar a arrecadação federal e aliviar as contas públicas, em uma tentativa de mexer com a percepção dos investidores.

Seja como for, a tendência para o dia no câmbio é de pouca liquidez e oscilações tênues. Ainda assim, o dia de formação da taxa Ptax pode aguçar a volatilidade, até o início da tarde. É válido lembrar que a Ptax deste mês será usada na liquidação dos contratos futuros de janeiro e dos quase US$ 10 bilhões em swaps que vencem dia 2