É das debacles fiscais o atropelamento de direitos, por uma dramática e simples razão — falta absoluta de dinheiro nos cofres públicos, como efeito de alguma crise fora do alcance do governante de turno ou devido a seus próprios erros. Um exemplo é a Grécia, em que a elite política entendeu ser a entrada no bloco do euro uma espécie de passaporte para o paraíso da moeda forte e do descuido com os gastos. O resultado é uma sucessão de anos de ajustes pela metade, baixo crescimento, desemprego.
Há semelhanças com o Rio de Janeiro de Sérgio Cabral, trancafiado em Bangu por corrupção, e de Luiz Fernando Pezão, vice e depois eleito na fase final da farra de gastos imprevidentes que houve no estado. Sem falar da corrupção.
A grande conspiração contra o funcionalismo ativo, aposentados e pensionistas do estado — e, numa visão mais ampla, contra a população mesma — foram apostas erradas na política de gastos do governo, considerando a fonte incerta dos recursos. Era quase suicídio destinar o volume crescente de royalties — em alta puxada pela elevação das cotações externas de petróleo e gás — para gastos engessados por lei e blindados por grupos políticos organizados (salários de servidores, aposentadorias e pensões do funcionalismo).
Como era previsto na imprensa especializada, a entrada em produção, nos Estados Unidos, de áreas de exploração de óleo e gás de rochas ajudou a derrubar o preço dos hidrocarbonetos e com isso pulverizou parte da receita do governo fluminense. A probabilidade de um longo ciclo de petróleo e assemelhados a cotações mais baixas havia levado a Arábia Saudita, sob o comando de nova geração da família Saud, a desenhar um programa de ajuste fiscal e, mais do que isso, de reciclagem estrutural da economia, para depender menos das receitas do petróleo. A notícia, de circulação ampla, deveria ter alertado os governantes fluminenses.
A tempestade perfeita se formou com o efeito catastrófico da política heterodoxa do “novo marco macroeconômico”, ensaiada no segundo mandato de Lula e radicalizada com Dilma Rousseff no Planalto, sobre toda a economia brasileira. Vieram daí um ano de estagnação (2014) e os dois seguintes da mais profunda recessão que as estatísticas brasileiras mostram: a subtração de aproximadamente 8% do PIB, causa de mais de 12 milhões de desempregos e decorrentes mazelas sociais.
Há razões profundas e longe do alcance direto do Palácio Guanabara — o que não lhe redime da irresponsabilidade na gestão do estado — de boa parcela desta tempestade perfeita. Para isso há leis como a da responsabilidade fiscal, para a cobrança de autoridades. A presidente Dilma perdeu o mandato por atropelar a LRF. Governantes podem e devem ser punidos em que esfera for: administrativa, penal e política. Mas a crise é tão profunda que não será superada na base de liminares, mesmo que sejam pertinentes do ponto de vista jurídico.
Recém agraciado com o Nobel, Obama tira Michelle para dançar em baile em Oslo, em 2009 - Pete Souza / The White House
O Globo Penguin Random House paga soma multimilionária por memórias do ex-primeiro-casal WASHINGTON - O direito conjunto de publicação de livros de memórias de Barack e Michelle Obama foi arrematado em ao menos US$ 60 milhões num leilão, revelou o "Financial Times", e quebrou o recorde de valores concedidos no mercado editorial a ex-presidentes. O conglomerado Penguin Random House levou os direitos, sem especificar os valores.
Obama e Michelle estão escrevendo separadamente os livros, mas venderam seus direitos juntos.
O leilão teve ainda a disputa de outras casas gigantes do ramo, como a HarperCollins, a Simon & Schuster e a Macmillan. A Penguin Random House já liderava a disputa, segundo fontes ouvidas pelo "FT".
A Knopf, selo da Penguin Random House, pagou US$ 15 milhões pelos direitos das memórias de Bill Clinton, enquanto a Crown desembolsou US$ 10 milhões pelas de George W. Bush.
Obama tem dois livros publicados antes de ter chefiado a Casa Branca: "A origem dos meus sonhos" e "A audácia da esperança", ambos publicados no Brasil. Ele já levara mais de US$ 15 milhões com os royalties dos livros.
Trump faz primeiro discurso ao Congresso - Jim Lo Scalzo / AP O Globo Sem aplausos de democratas, presidente foca em guerra ao terrorismo islâmico, apoios fiscais e trabalhistas a setores mais pobres e erradicação do Obamacare WASHINGTON - Sem aplausos de boa parte dos deputados e senadores democratas, o presidente Donald Trump defendeu em seu primeiro discurso ao Congresso dos EUA, nesta terça-feira, uma "visão otimista" e uma "agenda ousada" sobre reformas fiscais e de regulamentação, reformas trabalhistas e a erradicação ou substituição do programa federal de saúde conhecido como Obamacare — focando principalmente na classe média e de tom nacionalista. Por outro lado, defendeu uma postura de otimismo e união, após um turbulento primeiro mês de governo.
— Somos um país que se mantém unido em condenar o ódio em todas as formas — iniciou Trump, citando o mês da História negra e recentes ataques a cemitérios judeus e o assassinato de um indiano por um radical nacionalista.
Apesar do tom agressivo recorrente em seu primeiro mês de governo, Trump defendeu em 59 minutos uma postura conciliatória, convidando americanos "de todas as origens a se unirem a serviço de um futuro mais forte e mais brilhante".
— O tempo de pensar pequeno acabou. A era de lutas triviais passou — afirmou. — A partir de agora, os EUA serão fortalecidos por nossas aspirações, não sobrecarregado por nossos medos.
Como trunfo, Trump aproveita a maioria republicana tanto no Senado quanto na Câmara dos Representantes, o que tem aberto o caminho para a maioria de votações alinhadas com os interesses da Casa Branca.
— Meu trabalho nao é presentar o mundo, é representar os EUA.
COMBATE AO TERROR E MEDIDAS PARA REDUZIR IMPOSTOS
O presidente apoiou a "resolução de problemas reais para pessoas reais". Trump defendeu uma aproximação às "comunidades mais pobres e vulneráveis", além de políticas que ajudem a dar respostas aos desafios diários da classe média:
— Como podemos ter certeza de que todo americano que precisa de um bom trabalho pode obter um? Como podemos atrair crianças que em escolas que falham em ser uma escola melhor? — questionou. — Enquanto falamos, estamos removendo membros de gangues, traficantes e criminosos que ameaçam nossas comunidades e caçam nossos cidadãos. Os maus estão indo embora, como prometi.
Mulheres membros do Partido Democrata se recusaram a cumprimentar Trump - KEVIN LAMARQUE / REUTERS
Trump defendeu o apoio às controversas medidas migratórias, entre eles o muro na fronteira com o México, ações para favorecer a deportação de pessoas em situação irregular e políticas como o decreto que barrou temporariamente refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana antes de ter sido suspenso pela Justiça.
— Ao finalmente reforçarmos nossas leis migratórias, aumentaremos salários, ajudaremos os desempregados, economizaremos bilhões de dólares e tornaremos nossas comunidades mais seguras — afirmou, para aplausos enfáticos dos republicanos. — Os EUA não podem deixar uma frente de terrorismo se formar dentro do país. Não podemos permitir que nossa nação seja um santuário para extremistas.
Apesar de apelos de assessores, ele destacou o termo "terrorismo islâmico radical", prometendo "demolir e destruir" o Estado Islâmico — que "mata muçulmanos e cristãos".
— Trabalharemos com nosso aliados, inclusive nossos amigos e aliados no mundo islâmico, para extinguir este inimigo vil de nosso planeta.
No mesmo dia, o presidente surpreendeu ao cogitar um projeto de imigração detalhado que permita que imigrantes ilegais tenham um emprego e paguem impostos.
— É o momento certo para um projeto de lei de imigração, desde que haja um compromisso de ambos os lados — disse Trump a jornalistas de TV na Casa Branca.
Trump é cumprimentado ao chegar para discurso inaugural no Congresso - WIN MCNAMEE / AFP
O presidente destacou que estimulará reformas fiscais e regulatórias "históricas" para "dar alívio aos americanos trabalhadoras e as empresas americanas", além de trabalhar pelo aumento de salários e a melhora do ambiente de trabalho para os pais trabalhadores, além de estabelecer mecanismos de ajuda aos desempregados.
— Todos os americanos querem que seus filhos tenham acesso a boas escolas. E todos os americanos merecem bons empregos que lhes permitam prosperar e sonhar. Para muitas pessoas, os homens e mulheres esquecidos, esses desejos fundamentais estão fora de alcance há muito tempo.
Trump apoiou o "salvamento de famílias americanas do desastre" do Obamacare.
— Estou pedindo a este Congresso que rejeite e substitua o Obamacare com reformas que expandam a escolha, aumentem o acesso, diminuam custos e ao mesmo tempo forneçam um melhor tratamento de saúde.
Presidente do Senado, o vice de Trump, Mike Pence (esquerda), sorri junto ao presidente da Câmara, Paul Ryan - JONATHAN ERNST / REUTERS Um dos destaques apresentados pelo presidente foi uma grande reconstrução das Forças Armadas americanas, ampliando os recursos para a Defesa em detrimento de áreas como meio ambiente, diplomacia e outras — além de destacar o compromisso para com Israel, em crítica ao Irã.
Por outro lado, ele defendeu o reforço do compromisso americano com a Otan, frente a ameaças de terrorismo, e a defesa da diplomacia sobre a guerra, mesmo com o significativo aumento militar:
— Esperamos que nossos parceiros, seja na Otan, no Oriente Médio ou no Pacífico, assumam um papel direto e significativo nas operações estratégicas e militares e paguem sua parte justa do custo. Respeitaremos as instituições históricas, mas também respeitaremos os direitos soberanos das nações — disse, voltando a defender uma reforma dos sistemas internacionais.
— Sabemos que os EUA estão melhores quando há menos conflito, não mais. Aprendemos com os erros do passado. Vimos a guerra e a destruição que irromperam pelo mundo. A única solução a longo prazo para estes desastres humanitários é criar as condições nas quais os deslocados possam retornar com segurança a suas casas e começar o longo processo de reconstrução. Os EUA estão dispostos a fazer novos amigos e forjar nossas parcerias onde nossos interesses em comum se alinharem.
Trump fala observado por seu vice, Mike Pence (esquerda), e Paul Ryan, presidente da Câmara - Pablo Martinez Monsivais / AP
Urso do South Lakes Safari Zoo, em Cúmbria, na Inglaterra. (Safari Zoo/Divulgação)
Cerca de quinhentos animais morreram em menos de quatro anos no zoológicoSouth Lakes Safari, na Inglaterra, segundo um relatório feito por inspetores sobre as condições da instituição. O documento foi elaborado pelo conselho que monitora os parques zoológicos da Inglaterra para a renovação da licença da instituição. Devido aos resultados, especialistas e ativistas pedem que o zoo seja fechado.
De acordo com o relatório, divulgado nesta semana pelo Barrow Borough Council, revelou que 486 animais tiveram a morte causada por inanição, hipotermia (quando a temperatura corporal cai a níveis perigosos), acidentes e outras causas entre dezembro de 2013 e setembro de 2016. Nesse período, uma tartaruga africana chamada Golias morreu eletrocutada na cerca elétrica e o corpo de um macaco foi encontrado em decomposição. Em 2015, dois leopardos das neves, chamados Miska e Natasja, foram encontrados parcialmente devorados em suas jaulas e, no mesmo ano, duas girafas morreram em um espaço de menos de nove meses, uma por infecção gastrointestinal e outra sofreu eutanásia – um dos veterinários afirmou que ela estava extremamente malnutrida.
Em junho do ano passado, o zoológico recebeu uma multa de 255 libras (que corresponde a cerca de 1.000 reais) por violações nas condições de saúde e segurança do local depois que uma tratadora de 24 anos morreu ao ser atacada por um tigre-de-sumatra.
Zoológico pode ser fechado
Relatórios anteriores já pediam que o zoológico aprimorasse as instalações e condições dos animais e dos profissionais do parque. O último documento foi entregue por inspetores para servir de base à decisão do conselho sobre a renovação da licença da instituição, em reunião em 6 de março. O zoológico recebeu uma licença em 2010, válida por seis anos. Em janeiro de 2016, o fundador do parque, David Gill, pediu a renovação, que foi negada em julho. Segundo a decisão do conselho, Gill não era a pessoa “adequada” para dirigir o South Lakes Safari. Mas, de acordo com a lei, se o responsável pela instituição fizer um novo pedido, o parque não poderia ser fechado.
South Lakes Safari Zoo, no Reino Unido (Jon Granger/Reprodução)
A Sociedade de Proteção de Animais Cativos, grupo inglês de proteção animal, pediu que o conselho rejeite a renovação. Segundo Maddy Taylor, membro da instituição, o zoológico não está fazendo um trabalho de conservação dos animais, mas matando espécies ameaçadas sem necessidade.
Em um comunicado no Facebook postado nesta terça-feira, a companhia Cumbria Zoo Limited, que afirma operar o South Lakes Safari desde janeiro de 2017, afirma que está comprometida com os preceitos de bem-estar animal e que providencia ambientes que suprem todas necessidades dos animais.
Jimmy Kimmel tenta explicar o que aconteceu durante a entrega do Oscar de melhor filme em seu programa de TV - Reprodução
Com O Globo O apresentador do "Jimmy Kimmel Live" disse que estava se segurando para não rir Ainda dá tempo para mais uma versão sobre o que aconteceu na 89ª cerimônia do Oscar? O anfitrião da noite, Jimmy Kimmel, tentou explicar o equívoco que aconteceu quando Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram "La la land" em vez de "Moonlight" como vencedor do prêmio mais importante da noite.
Em seu programa de TV, "Jimmy Kimmel Live", o apresentador contou que Warren Beatty e Faye Dunaway foram escolhidos para apresentar o prêmio de melhor filme, porque este ano completa 50 anos que os dois atores estiveram no clássico "Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas".
Ele brincou que Beatty, visivelmente confuso com o que estava escrito no envelope, passou a responsabilidade de anunciar o vencedor da categoria a Faye Dunaway.
Com toda a confusão prestes a acontecer, Kimmel revelou que havia se esquecido de que era o anfitrião da noite e que deveria subir ao palco para tentar resolver o erro. "Quando me dei conta, subi as escadas e quando cheguei lá isso aconteceu", disse o apresentador, fazendo referência ao momento em que o produtor de "La la land" anunciou que o verdadeiro vencedor era "Moonlight".
"Eu deveria fazer algo para resolver, mas estava apenas me segurando para não rir da situação", afirmou Kimmel.
O apresentador ainda contou que, graças a Denzel Washington, ele se tocou que deveria deixar o diretor de "Moonlight", Barry Jenkins, fazer seu discurso de agradecimento.
"Ele ficava apontando e gritando: 'Barry'. Ainda bem que Denzel estava lá", comentou ele, que agradeceu ao ator e diretor de "Um Limite Entre Nós" nos bastidores.
Ao fim da cerimônia, as pessoas perguntaram a Kimmel se o que havia acontecido foi parte de uma pegadinha pregada por ele. "Eu não preguei uma pegadinha. Se tivesse pregado, haveria um cupom da Bed Bath & Beyond dentro do envelope", ironizou o apresentador.
Ele aproveitou para agradecer aos produtores de "La la land" por serem gentis apesar do que aconteceu, e finalizou explicando que a situação se tornou ainda mais confusa após Emma Stone, que venceu o prêmio de melhor atriz por "La la land", também estar com um envelope idêntico ao que Beatty recebeu.
- Chris Ratcliffe/Bloomberg Com O Globo e agências internacionaisPor US$ 35 mensais, usuário poderá assistir à programação ao vivo e agendar gravação
NOVA YORK - O YouTube está de olho no setor de TV a cabo e vai lançar um serviço próprio de transmissão de programação, o YouTube TV. Segundo a diretora executiva do site de vídeos da Google, Susan Wojcicki, informou nesta terça-feira, a entrada em operação deve acontecer nos próximos meses.
O anúncio confirma rumores de 2016, que anteciparam o produto. O YouTube TV custará US$ 35 por mês nos EUA e oferecerá cerca de 40 canais, incluindo as quatro grandes redes de TV do país (Fox, NBC, CBS e ABC) e alguns do serviço a cabo, como o canal esportivo ESPN. Contudo, inicialmente, o serviço ficará restrito às poucas cidades em que conseguiu acordo com redes de televisão.
Além da transmissão ao vivo, será possível agendar a gravação de programas específicos. De acordo com a empresa, o conteúdo gravado é armazenado na nuvem, sem limite de tamanho.
Também fará parte do pacote, conforme comunicado da empresa, o acesso às produções originais do YouTube Red Original — o serviço de streaming por assinatura disponível em mercados como EUA, Austrália e Nova Zelândia.
Com o YouTube TV, a companhia se junto a empresas como Sony e AT&T, que já oferecem alternativas na internet à televisão a cabo. E a Hulu — joint venture que inclui, entre outras, NBC Universal e Disney — tem um projeto similar a caminho.
Todos estes são pensados para atrair um público que abandonou os pacotes tradicionais de TV por assinatura ou que nunca chegaram a contratar este tipo de serviço. Porém, nenhuma dessas plataformas se tornou um sucesso, até o momento. O YouTube espera que sua expertise em recomendações e buscas o ajude a se destacar.
Com o slogan “finalmente, TV ao vivo feita para você”, o site do serviço já permite aos interessados deixarem um e-mail para serem alertados quando o produto estiver disponível.
Trump assina ordem executiva junto a convidados na Casa Branca - YURI GRIPAS / REUTERS O Globo Presidente muda tom linha-dura e poderia sinalizar benefício a milhões de ilegais WASHINGTON - O presidente Donald Trump surpreendeu e sinalizou uma possível mudança importante na política migratória, afirmando a repórteres na terça-feira que está aberto a uma ampla reforma que concederia status legal a milhões de imigrantes não documentados que não tenham cometido crimes graves — mesmo sem conceder a eles cidadania, permitiria que eles vivesse, trabalhassem e pagassem impostos. A norma poderia ser aplicada praticamente a boa parte dos cerca de 11 milhões de pessoas no país ilegalmente, dependendo de sua abrangência.
— O momento é certo para um projeto de lei de imigração, contanto que haja compromisso de ambos os lados — disse o presidente a repórteres de TV na Casa Branca, de acordo com as pessoas presentes durante uma discussão.
A ideia rompe com os planos de ampla repressão a imigrantes indocumentados que Trump assumiu em suas primeiras semanas no cargo — com posições de linha-dura que o ajudaram a chegar à Casa Branca. Uma mudança abrangente da imigração seria uma reviravolta dramática para o presidente, cujos discursos de campanha eram acompanhados por gritos de "Construa o muro!"
O presidente insinuou a reversão política horas antes de fazer seu primeiro discurso ao Congresso, embora não esteja claro se a mencionaria. A rede CNN levantou a possibilidade de que Trump pudesse incluir uma reforma do tipo.
A Casa Branca não contestou o relatório, mas Sarah Huckabee Sanders, vice-secretária de imprensa, disse que não tinha testemunhado a conversa, por isso não pôde confirmá-la.
— O presidente tem sido muito claro em seu processo de que o sistema de imigração está quebrado e precisa de uma reforma massiva, e ele deixou claro que ele está aberto a ter conversões sobre esse movimento em frente — disse Sarah. — Agora, seu foco principal é controle de fronteiras e segurança na fronteira, deportar criminosos de nosso país e manter nosso país seguro, e essas prioridades não mudaram.
Espera-se que Trump divulgue nesta quarta-feira uma nova versão de sua ordem executiva proibindo viagens aos Estados Unidos de cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos e suspendendo a aceitação de refugiados. A proibição foi revista por causa de suspensões judiciais.