Cultura do cancelamento pauta artigo de Bruno Garschagen
Líder da União Soviética que, entre outras ações, apagava opositores das fotos oficiais, Josef Stalin é citado no artigo assinado pelo cientista político Bruno Garschagen e publicado na edição desta semana da Revista Oeste. Afinal, o colunista entende que o mundo enfrenta versão “gourmetizada” do stalinismo.
No texto, Garschagen analisa a “cultura do cancelamento” que toma conta das redes sociais e de manifestações em ruas de diversos países. Ele observa que essa tipo de movimento atrapalha, justamente, conteúdos relativos ao ambiente cultural. Nesse sentido, ele cita o dramaturgo e escritor irlandês George Bernard Shaw — que simpatizava com figuras autoritárias.
O colunista afirma, entretanto, que para o bem da história e da cultura é preciso separar opiniões pessoais da obra produzida. “[Shaw] teceu loas ao que de pior emergiu no século 20: Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini. Se o escritor fosse vivo e mantivesse a posição, suas ideias deveriam ser condenadas e combatidas. Mas a obra literária que ele deixou é maior do que a utopia que defendeu e os infames que elogiou”, escreve Garschagen em trecho do artigo “O ‘cancelamento’ contra a arte.”
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Revista Oeste
Além da análise de Bruno Garschagen que atenta para os riscos da cultura do cancelamento, a nova versão do stalinismo, a 30ª edição da Revista Oeste conta com reportagens especiais e artigos exclusivos de profissionais como J. R. Guzzo, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza e Rodrigo Constantino.
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Anderson Scardoelli, Revista Oeste