quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Presidente da Petrobras fala sobre nova política de distribuição de dividendos

 

Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobrás. (Sergio Moraes/ Reuters)


Ao comentar a nova política de distribuição de dividendos e possíveis interferências políticas no pagamento, o presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou que decisões de investimento cabem ao conselho de administração e que isso está previsto no estatuto social da companhia.

A responsabilidade de aprovar ou não o valor de dividendos a ser pago é da assembleia de acionistas. “Não existe como blindar uma empresa. A melhor maneira de minimizar riscos futuros de intervenções que provoquem distorções e prejuízos é construir uma companhia sólida, de eficiência e qualidade. Assim, quem pensar em intervir vai ter que pensar dez vezes, porque suas más intenções vão ser facilmente percebidas”, afirmou em coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro do terceiro trimestre.

Ele disse também que a Petrobras não trabalha com uma meta de desinvestimentos, porque isso seria um palpite. “O que vai definir (o valor acumulado com a venda de ativos) são as condições de mercado. Apenas revelamos os ativos à venda e o estágio do processo de venda”, disse.

Decisão

O conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou, na terça-feira (27), a revisão da Política de Remuneração aos Acionistas, com objetivo de possibilitar que a Administração proponha o pagamento de dividendos compatíveis com a geração de caixa da companhia, mesmo em exercícios em que não for apurado lucro contábil.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal informa que com as alterações aprovadas, no cenário em que o endividamento bruto da companhia estiver acima de US$ 60 bilhões, poderá ser apresentada a proposta de distribuição de dividendos, sem apuração de lucro contábil, quando se verificar redução de dívida líquida no período de 12 meses anteriores, caso a Administração entenda que será preservada a sustentabilidade financeira da companhia.


O Estado de São Paulo