Para adiar sua prisão até férias
forenses, quando ministros do
STJ comprometidos com seu
advogado, ex-ministro,
ex-governador da Paraíba fugiu
para o exterior e, ao voltar, foi
imediatamente solto, como
desejava e previa

No espírito da ciranda para evitar permanência de Ricardo Coutinho na cadeia, vice=presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, transferiu decisão para volta das férias. Foto: Arquivo CIMP/STJ
Comparsa de Lula, maior ladrão da República, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, flagrado pela PF e pelo MP na Operação Calvário – O Juízo Final 7, fugiu para o exterior e só voltou para o Brasil no primeiro dia das férias forenses.
A estratégia deu certo: foi levado ao presídio comum, em João Pessoa, na madrugada do sábado e já à tarde o ministro Napoleão Maia, substituindo de forma esquisita o plantonista José Otávio de Noronha no STJ, decretou sua soltura.
Em entrevista à Uol comparou-se com Lula, o que é uma espécie de confissão de seus crimes, revelados pessoalmente por três delatores no Fantástico, da Globo, para o país inteiro no domingo.
A reportagem arrasadora pode decretar sua morte política.
José Nêumanne, O Estado de São Paulo