Focos de incêndio no Pantanal cresceram 462% em relação a 2018. Cadê o Greenpeace para ajudar a conter o fogo?

Incêndios no Pantanal se intensificaram nos últimos dias

Foto: Chico Ribeiro / Governo do Mato Grosso do Sul

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe ) registrou 8.479 focos de incêndio no Pantanal de janeiro até anteontem. É um salto de 462% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram registradas 1.507 queimadas , número mais baixo desde 2014. Desde o último domingo, o bioma voltou a sofrer mais intensamente com o fogo .

Segundo Felipe Dias, diretor-executivo do Instituto SOS Pantanal, a situação mais grave é no Pantanal do Sul, onde o clima está mais seco .

— No final de setembro houve uma redução do incêndio, mas de uma semana para cá aumentou significativamente. Só em uma fazenda que eu conheço foram 40 mil hectares.— ressalta.

 

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 8.479 focos 

de incêndio no Pantanal de janeiro até agora 

Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Número de queimadas em 2019 representa salto de 462% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram registradas 1.507 queimadas , número mais baixo desde 2014 Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Clima seco, temperaturas altas e ventos fortes criam ambiente propício para propagação das chamas. No Mato Grosso , a temperatura atingiu 31°C nesta quarta-feira à noite Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Os pontos mais críticos estão nos municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá (MS), este último o recordista em focos de incêndio no país neste ano, segundo o Inpe, com 5 mil Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Efetivo de brigadistas e das equipes do Prevfogo (Ibama) foi reforçado. Aeronaves também têm sido utilizadas para o combate às chamas nos pontos mais críticos – Aquidauana, Miranda e Corumbá (MS) Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Desde o último domingo (27), o bioma voltou a sofrer mais intensamente com o fogo Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Incêndio de "proporções nunca antes registradas" estão devastando três municípios da região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Incêndio generalizado atual é considerado atípico para esta época do ano, que costuma ter maior volume de chuvas Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Vida selvagem é devastada por queimadas no Mato Grosso do Sul. Governo estadutal descreve situação como "crítica" Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Focos de incêndio alteram paisagem na BR-262, no Mato Grosso do Sul Foto: Chico Ribeiro / Governo do Estado do MS

Os pontos mais críticos estão nos municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá (MS), este último o recordista em focos de incêndio no país neste ano, segundo o Inpe, com 5 mil.

Nessas três localidades, foi reforçado o efetivo de brigadistas e das equipes do Prevfogo ( Ibama ). Aeronaves também têm sido utilizadas para o combate às chamas. Além disso, será solicitado apoio ao governo do Distrito Federal.

Incêndio é considerado atípico

O incêndio generalizado atual é considerado atípico para esta época do ano, que costuma ter maior volume de chuvas . O clima seco, com temperaturas altas e ventos fortes, cria um ambiente propício para as chamas e facilita a sua propagação. Em Mato Grosso , a temperatura atingiu 31°C nesta quarta-feira à noite.

— Acho que esses extremos vão começar a ser recorrentes de agora em diante. Ano passado choveu muito, produziu muita biomassa. Este ano, que foi mais seco, essa biomassa toda propiciou as queimadas. Estamos preocupados e avaliando o que pode ser feito para a prevenção — disse Dias.

Alice Cravo, O Globo