Que destino triste o de Lula, sua arrogância o privou de perceber que os tempos mudaram. A era em que uma simples palavra sua era suficiente para arrastar multidões, acabou. E Lula não foi avisado. Mas, cercado de puxa-sacos e cego pela empáfia, também não adiantaria caso tivesse sido.
Convenhamos, a cadeia é ruim para Lula, mas para ele, pior ainda é ver que seu poder político definhou. Salvo pela militância (que minguou sem a verba pública) alguns esquerdistas incuráveis e meia dúzia de petistas, ninguém mais lhe dá ouvidos.
A aura de semideus que desfrutou em meados da década passada, é hoje apenas uma lembrança longínqua, afogada por um mar de corrupção que atrasou o Brasil em 20 anos.
Mesmo assim, Lula acreditou que por ter recebido uma ajuda do STF, o judiciário todo iria entrar na onda e se render aos seus encantos.
Ledo engano, o TRF-4 mais uma vez assumiu um compromisso com a moralidade e as leis, e decidiu por unanimidade não só confirmar a condenação de Lula no caso do Sítio em Atibaia, como também aumentar a pena de 12 para 17 anos. Lembrando que a questão de autoria, é definida na 1ª e na segunda instância (TRF-4), não cabendo aos tribunais superiores decidir sobre essas duas questões.
O que isso quer dizer é que Lula é um CONDENADO por corrupção. O fato de não estar preso é apenas parte de tecnicalidades jurídicas, e não porque seja inocente. Aliás o aumento de pena se deu pelo agravante de ter cometido o crime enquanto presidente, cargo que deveria ter honrado.
O mundo mágico criado pelo STF para Lula, durou pouco.
É verdade que talvez não seja preso por agora e que os projetos de lei e as PECs debatidas no congresso para retomar a prisão em 2ª instância possam ser também derrubados por nossa suprema corte, mas de nada adianta.
Lula já percebeu que sua figura não tem mais espaço neste novo Brasil.
Resta a ele incitar o caos e a discórdia, as únicas coisas que sabe fazer bem. Talvez com isso consiga um mandado de prisão provisória por incitação ao crime e retorne para a cadeia. Lá ao menos ele pode ser poupado de sua irrelevância.
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Frederico Rodrigues
Analista Político e Membro da Direita Goiás.
Jornal da Cidade