quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Banco Central sobe para 0,9% a previsão de alta do PIB para este ano

Banco Central elevou de 0,82% para 0,9% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. A projeção foi divulgada nesta quinta-feira, 26, no relatório trimestral de inflação da instituição.
Apesar da elevação em relação à previsão de junho, o BC continua estimando uma desaceleração da economia, já que no ano passado a expansão do PIB foi de 1,1%, mesmo resultado de 2017.  O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Segundo a instituição, o resultado do PIB do segundo trimestre, quando houve crescimento de 0,4%, ajudou o “carregamento estatístico para o ano corrente, contribuindo para a elevação da estimativa de crescimento anual”.  Segundo o BC, o impulso econômico gerado pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também deve ajudar na recuperação. No primeiro trimestre, a economia brasileira encolheu 0,25%.
“A projeção ora apresentada considera ritmo de crescimento ainda lento no terceiro trimestre, em linha com indicadores coincidentes divulgados até o momento, e aceleração no quarto trimestre, para a qual deve contribuir o impulso das liberações extraordinárias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social (Pis)/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep)”, acrescentou.
A previsão do BC para o crescimento da economia está em linha com o que estima o mercado financeiro. Segundo o Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, a projeção é que o PIB tenha alta de 0,87% neste ano. A  previsão do Ministéiro da Economia é que o PIB fique em 0,85%. O indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é divulgado trimestralmente.
Para o ano que vem, o BC estima o PIB com 1,8%, mas ressaltou que a perspectiva está condicionada a continuidade das reformas, como a da Previdência e a Tributária. “A continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e pressupõe que o ritmo de crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de estímulos temporários, será gradual”, informou.

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