Em audiência na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, o ministro Abraham Weintraub afirmou que já se reuniu com diversos parlamentares, inclusive os de oposição, e com mais de 50 reitores das universidades federais.
Segundo ele, até agora ninguém disse que não tem dinheiro para cumprir com as atividades nos próximos três meses. O ministro voltou a defender o uso do fundo da Lava Jato para a educação.
“Os primeiros problemas são a partir de setembro. Se a gente conseguir resgatar o dinheiro da Petrobrás, que já está internalizado no Brasil, que foi roubado, foi recuperado, US$ 600 milhões dá R$ 2,5 bilhões, já é um grande alívio para as contas”, disse nesta quarta-feira, 22.
Em abril, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recomendou ao STF que revertesse os recursos para o Ministério da Educação. Embora Weintraub tenha dito que a verba poderia dar um “alívio para as contas”, a orientação de Dodge é que o dinheiro seja investido na educação básica.
Além disso, a decisão sobre o destino dos recursos não cabe ao Executivo, mas, sim ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Na comissão, o ministro encerrou o assunto dizendo que “a gente sempre vai ter que buscar racionalidade e transparência. A época de jogar dinheiro, sem perguntar para onde e por que, acabou”.
O Estado de São Paulo