- Eu julgo que nós temos que ter uma política mais agressiva na busca dos mercados. Eu vejo por exemplo que a nossa Confederação Nacional da Agricultura está muito sentada, muito parada lá no Brasil. Eu vou até conversar com o presidente da CNA, que eu conheço bem, é meu amigo, que ele tem que colocar escritório aqui, tem que buscar fazer negócio e não ficar dependendo do governo - disse Mourão. - O governo tem limite. O empresário que quer vender, ele tem que se mexer. Eu acho que às vezes fica faltando isso.
Atualmente, o Brasil tem 64 frigoríficos liberados para exportar carnes para a China, 39 de frangos, 15 de carne bovina e 10 de carne suína. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que esteve recentemente na China e não obteve a liberação imediata de mais frigoríficos, o Brasil enviará uma lista de 30 plantas de bovinos, suínos, aves e asininos para serem habilitadas pelas autoridades sanitárias da China.
Os chineses, em contrapartida, incluíram na ata de encerramento da Cosban a demanda para que sejam promovidos os processos de inspeção e quarentena para que as exportações de pera e pescados do país tenham acesso ao mercado brasileiro.
Marcelo Ninio, O Globo