O candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, afirmou nesta quinta-feira que, se o segundo turno for entre PT e Bolsonaro, apoiará o capitão da reserva. Apoiador de Henrique Meirelles no primeiro turno, o emedebista também disse que uma eventual vitória do candidato do PSL ainda no primeiro turno seria boa para o Brasil.
Em pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, Skaf caiu três pontos percentuais, de 24% das intenções de voto para 21%, uma queda acima da margem de erro. Ele está empatado tecnicamente com o tucano João Doria. O ex-prefeito de São Paulo, que também fez sinalizações a apoiadores de Bolsonaro na última semana, e o atual governador, Márcio França, oscilaram dois pontos para cima, mas dentro da margem de erro.
Nesta quinta-feira, em agenda na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Skaf, questionado sobre um cenário de segundo turno entre o candidato do PT, Fernando Haddad, e o do PSL, Jair Bolsonaro, assumiu posição favorável ao deputado federal, que lidera as pesquisas de intenção de voto.
- Não, não ficarei neutro em hipótese nenhuma. E não há hipótese de eu apoiar o candidato do PT. Meu apoio será para Jair Bolsonaro - disse.
Segundo ele, Bolsonaro pode vencer a eleição no primeiro turno, o que seria "bom para o Brasil", que não "correria risco".
- Seria um risco o PT ganhar. Já perdeu sua oportunidade, então, nesse momento, eu creio que o Brasil está precisando é de um governo diferente, com seriedade absoluta, sem corrupção de nenhum tipo - disse Skaf.
O candidato elogiou ainda as posições de Bolsonaro em áreas como educação e segurança, além das semelhanças entre ambos no ideário econômico. O candidato, no entanto, negou que sua declaração de apoio antes mesmo do primeiro turno seja uma sinalização aos eleitores de Bolsonaro para melhorar sua posição na briga por uma vaga no segundo turno.
- Não estou fazendo sinalização, estou dando uma posição concreta. Me foi perguntado entre o candidato do PT e o Jair Bolsonaro. Se esse for o cenário, meu apoio é ao candidato Bolsonaro - disse.
A campanha em São Paulo caminha para um segundo turno. Três nomes aparecem na briga por duas vagas. Nas últimas semanas, Doria e França trocaram acusações no horário eleitoral. A campanha de Doria mudou sua estratégia após tentar aumentar a rejeição de Skaf, destacando a relação do candidato com o presidente Michel Temer e a citação em delações da Operação Lava-Jato.
Skaf foi citado por dois publciitários, Renato Pereira, por direcionamento das licitações de publicidade da Federação das Indústrias de São Paulo, e pelo marqueteiro Duda Mendonça, por caixa dois em sua campanha ao governo do estado em 2014.