segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Marco Maia é o 3º quadrilheiro ex-presidente da Câmara alvo de busca e apreensão na Lava Jato

Isadora Peron - O Estado de S.Paulo

PF cumpre mandados em casas do petista na nova fase da operação, Deflexão; Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves também já tiveram endereços vasculhadas em outras etapas


O deputado Marco Maia (PT-RS) é o terceiro ex-presidente da Câmara a ter a residência vasculhada na Operação Lava Jato. O ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba, também foram alvos de mandados de busca e apreensão.
Nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira, 5, denominada Deflexão, cumpriu mandado em endereços do petista e do ex-senador e ministro do Tribunal de Constas da União Vital do Rêgo (PMDB). Maia e Vital são investigados em um inquérito no STF por conta da suspeita de terem recebido propina para blindar empreiteiros na CPI Mista da Petrobrás realizada em 2014.
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Deputado Marco Maia (PT-RS)
O deputado federal Marco Maia (PT-RS)
Em 19 de outubro, Cunha foi preso a pedido do juiz Sérgio Moro, com base no inquérito em que o peemedebista é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.
Enquanto ocupou a presidência da Câmara, Cunha foi alvo de pelo menos dois mandados de busca apreensão. Um em maio de 2015, para apreender registros do sistema de informática da Câmara, e outra em dezembro do mesmo ano, em que  a Polícia Federal fez buscas na residência oficial da presidência, em Brasília, na casa do parlamentar no Rio e na sede de uma empresa ligada ao ex-deputado.

A operação de dezembro do ano passado, batizada de Catilinárias, também teve como alvo Henrique Eduardo Alves. Na ocasião, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do ex-ministro, em Natal. A Lava Jato também fez o peemedebista deixar o cargo de ministro do Turismo em junho deste ano. Ele pediu demissão após ser citado no acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.