sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mais delações


Débora Bergamasco Epoca


Agora que a Procuradoria Geral da República finalmente conseguiu assinar delação premiada com 77 pessoas ligadas à Odebrecht, a equipe de Rodrigo Janot começa a retomar as negociações para fechar colaboração com outras empreiteiras. São elas: OAS, Mendes Junior, Queiroz Galvão e, novamente, Camargo Corrêa. No caso específico da OAS, o procurador-geral da República havia suspendido as tratativas alegando irritação com vazamentos de conteúdo que ainda estava em discussão. Mas ao que tudo indica, a impaciência já está passando e sem a avalanche de trabalho demandada pelo caso Odebrecht, os procuradores retomarão no ano que vem conversas com Leo Pinheiro, aquele que sabe do triplex que não é de Lula.
De novo
No caso da Camargo Corrêa, os promotores já começaram a se reunir com os advogados da empresa para o recall. Como se sabe, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado narrou a existência de contas secretas da empreiteira em Andorra. Agora os colaboradores refrescam as suas memórias.
No carnaval
Frustrando expectativas da Odebrecht, os procuradores não devem aceitar os depoimentos já prontos oferecidos pelos advogados da empresa. A expectativa era que entregando o material com perguntas presumidas e respostas completas, pudessem ganhar tempo e seguir logo para homologação.
Resposta ao tempo
É dado como certo no Tribunal Superior Eleitoral que o ministro Herman Benjamim pedirá a cassação da chapa Dilma/Temer sem desmembrar a prestação de contas dos dois, como quer a defesa do presidente Michel Temer. Benjamin é relator da ação movida pelo PSDB que acusa a campanha da petista de abuso do poder econômico na eleição de 2014. Semestre que vem, os ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio deixam o TSE.