sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Commodities mantêm alta de preços e ajudam balança comercial do Brasil

Mauro Zafalon - Folha de São Paulo


Marcelo Justo - 27.mar.2012/Folhapress
TANGARÁ DA SERRA, MT, BRASIL, 27-03-2012, 14h30: Colheita do final da safra de soja na fazenda Morro Azu, do grupo A. Maggi, que fica há 70 km do centro de Tangará da Serra, no Mato Grosso. A colheita foi realizada com 17 colheitadeiras Case II, e, segundo os administradores do grupo A. Maggi, a safra atual deu 60 sacas por hectare num total de 39.400 mil hectare plantado. (Foto: Marcelo Justo/Folhapress)
Colheita de soja próxima a Tangará da Serra, no Mato Grosso



Em alta, os preços internacionais das commodities surpreendem nesta reta final de ano e ajudam a sustentar o saldo da balança comercial do país.

O Brasil, no entanto, já não tem mais alguns dos principais produtos da pauta de exportação para colocar no mercado externo. Soja e milho são exemplos.

O valor da tonelada de soja subiu para US$ 414 na média das exportações brasileiras em novembro, 8% mais do que o de igual período de 2015.

Com isso, as receitas obtidas com a soja em grão, de janeiro a novembro, subiram para US$ 19,1 bilhões, ante US$ 20,7 bilhões em 2015.

As estimativas iniciais não previam números tão próximos nas receitas deste ano, em relação às do ano passado. As divisas obtidas pelo país foram ajudadas também pelo volume exportado, que supera 50 milhões de toneladas.

As carnes "in natura" também ganharam preço neste final de ano, em relação a igual período do ano passado. O resultado foi que as receitas, apenas com o produto "in natura", já somam US$ 10,7 bilhões no ano, acima das de igual período de 2015.

Um dos destaques da balança continua sendo o açúcar, devido ao fato de a oferta mundial do produto ser inferior a demanda.

O açúcar bruto vendido pelo Brasil ao mercado externo no mês passado foi negociado a US$ 408 por tonelada, em média, 41% superior ao de novembro de 2015. Já o refinado teve alta de 44%.

Apenas o açúcar bruto já rende US$ 7,4 bilhões no ano, 40% mais do que de janeiro a novembro de 2015, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O milho, após a intensa aceleração das vendas externas no primeiro semestre, perdeu força no segundo. Preços competitivos e demanda aquecida no mercado interno seguraram parte do produto que iria para fora do país.

Mesmo assim, as exportações acumuladas até novembro atingiram 20,8 milhões de toneladas. O volume a ser exportado neste ano, no entanto, deverá ficar distante dos 29 milhões de toneladas de 2015.

O café, que também teve os preços de novembro acima dos de há um ano, rendeu US$ 536 milhões no mês e US$ 4,3 bilhões em 11 meses. As exportações de novembro somam 3 milhões de sacas.