Seja nos despertadores de alguns modelos de iPhone, da Apple, seja nos antigos relógios da década de 1950, quem apertar o botão de soneca logo após ser acordado terá pouco mais de nove minutos extra de sono.
Não há uma explicação única de por que esse tempo a mais foi escolhido. De acordo com o jornal espanhol "El País", tudo começou nos primeiros relógios com a função soneca, fabricados na década de 1950.
Neles, por uma questão de como as engrenagens eram construídas e montadas, havia a chance de os inventores optarem por uma soneca de um pouco mais de nove minutos ou um pouco mais de dez minutos.
Mas por que escolheram nove minutos e não dez?
Segundo a coluna "The Straight Dope", publicada desde 1973 em vários jornais americanos, diversos motivos levaram a essa opção.
O primeiro é psicológico. As pessoas se sentiam menos culpadas por dormir só mais nove minutinhos.
Ainda de acordo com a coluna, a primeira fase do sono, em algumas pessoas, dura menos de dez minutos. Assim, era recomendado que ela fosse acordada antes de adormecer mais profundamente.
Em alguns dos primeiros relógios com a função só era possível apertar o botão de soneca ao longo de uma hora. Ou seja, se fosse a cada dez minutos, o máximo de sonecas possíveis seriam cinco (ou cinquenta minutos a mais de sono). Em intervalos de nove, o sono é interrompido seis vezes, mas dura um pouco mais, 54 minutos.
Há ainda justificativas mais curiosas. Alguns engenheiros achavam que seus chefes iam checar se eles estavam trabalhando a cada dez minutos. Assim, com o alarme os acordando a cada nove, eles estariam despertos a cada verificação.
Hoje, a maior parte dos celulares —que sucederam os despertadores na hora de acordar as pessoas— permite que os usuários selecionem o tempo de intervalo de suas sonecas. Outros, como no caso de alguns iPhone, mantiveram os clássicos nove minutos como padrão.
