quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Mais um item na folha corrida do chefe da organizacão criminosa: Lula é indiciado pela PF por contratos de sobrinho em Angola

O ex-presidente Lula discursa durante conferência realizada no Rio de Janeiro (RJ) - 04/10/2016
O ex-presidente Lula discursa durante conferência realizada no Rio de Janeiro (RJ) - 04/10/2016 (Yasuyoshi Chiba/AFP)


 Thiago Bronzatto - Veja



Conforme VEJA revelou, o relatório dos investigadores aponta que "há indícios de vantagens auferidas pelo ex-presidente e seus familiares"


Conforme VEJA antecipou na última sexta-feira, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, na Operação Janus. 
O inquérito, com mais de 250 páginas, foi entregue ontem ao Ministério Público Federal — que vai avaliar se oferecerá denúncia ou não contra o petista. 
A investigação mira em contratos milionários firmados entre a Odebrecht e a empresa Exergia Brasil, cujo sócio é  Taiguara Rodrigues dos Santos, para a realização de obras em Angola.
O ex-dire­tor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar, ao negociar seu acordo de delação, afirmou que Taiguara foi contratado pela empreiteira a pedido de Lula. 
A contratação, revelada por VEJA em fevereiro de 2015, ocorreu no mesmo ano em que o BNDES aprovou um financiamento para a empreiteira construir a hidrelétrica de Cambambe, em Angola. Foi nessa obra que Taiguara prestou serviço à construtora e recebeu 3,5 milhões de reais.
Antes de virar parceiro de negócios da Odebrecht, Taiguara era dono de uma pequena vidraçaria. Transformado em empreiteiro de uma hora para a outra, comprou uma cobertura, enamorou-se por carrões e ostentou riqueza nas redes sociais. 
Na esteira das viagens internacionais do tio Lula, prospectou negócios na América Central e na África. 
Taiguara sempre negou qualquer favorecimento da Odebrecht. Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumavam identificá-lo como “o sobrinho do Lula”.