A viva alma mais pura do mundo morre
de medo da caixa-preta engaiolada
em Curitiba
Em 28 de março de 2006, Antonio Palocci foi forçado a cair fora do governo Lula por ter estuprado o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O presidente caprichou no discurso de adeus: “Você foi o melhor ministro da Fazenda que este país já teve”, derramou-se Lula no meio do palavrório.
Dez anos e incontáveis bandalheiras depois, o reincidente sem remédio está preso na República de Curitiba. É considerado pelos integrantes da operação a melhor caixa preta que a Lava Jato já teve. Seu conteúdo logo será exposto pelo acordo de delação premiada que Palocci já começou a costurar.
Desde 2006, o ex-ministro repete que nunca fez nada de errado. Depois da descoberta do Petrolão, o ex-presidente descobriu que é a alma viva mais pura do Brasil. Os depoimentos de Palocci decidirão se os dois acabarão juntos em altares geminados ou na mesma cadeia.