Não foi por acaso que o procurador Deltan Dallagnol traçou o organograma da "propinocracia" mostrando Luiz Inácio Lula da Silva no centro do petrolão, ao denunciar o ex-presidente há duas semanas. Nas fases seguintes da Lava Jato deveriam aparecer informações para fazer o cículo se fechar sobre Lula e sua sucessora, Dilma Rousseff.
As explicações são dos investigadores da Operação Lava Jato à colunista Jovem Pan Vera Magalhães.
Primeiro, foi alvo de prisão temporária, logo revogada, o ex-ministro da Fazenda de Lula e DilmaGuido Mantega. Agora, a nova fase da Operação, a Omertà, mira o ex-ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci.
Também estão nos radares da Lava Jato o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e a ex-ministra da Casa Civil de Dilma, Erenice Guerra.
Erenice Guerra e Luciano Coutinho (Foto: montagem Agência Brasil)
Eles seriam suspeitos de terem atuado de modo semelhante ao que Palocci e Mantega são acusados: negociar dinheiro para o PT usando, para isso, posições no governo. A ideia da Lava Jato é mostrar que, além da Petrobras, a administração federal direta também era usada para fazer caixa para a sigla.
Esperam-se também denúncias contra os ex-presidentes Lula e Dilma nas próximas fases da Lava Jato.