Outro preso é Branislav Kontic, que também acompanha ex-ministro desde prefeitura de Ribeirão Preto; Dourado deixou governo após escândalo do caseiro Francenildo e passou a atuar no mercado privado
O ex-chefe de gabinete do ex-ministro Antonio Palocci Juscelino Dourado também foi preso nesta segunda-feira, 26, alvo da 35ª fase da Operação Lava Jato. As investigação apontam envolvimento de Palocci com corrupção no esquema de desvios na Petrobrás.
Dourado foi chefe de gabinete de Palocci na Fazenda, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, e acompanhava o ex-ministro desde a prefeitura de Ribeirão Preto (SP) – que foi administrada pelo petista. Foi presidente também do Conselho Diretor da estatal Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), de janeiro de 2003 a setembro de 2005.
Dourado deixou o governo no primeiro escândalo que Palocci apareceu e também acabou perdendo o cargo, no escândalo do caseiro Francenildo Costa – que envolvia esquema de lobby ligado ao ex-ministro, seus assessores e empresários de Ribeirão Preto, entre eles Rogério Buratti e o Grupo Leão Leão.
O ex-assessor pediu demissão do cargo depois de confirmar à CPI dos Bingos que marcou reunião do então ministro com empresários, a pedido de Buratti – que era também ex-assessor de Palocci.
Palocci foi prefeito de Ribeirão Preto por duas vezes pelo PT.
Brani. Outro ex-assessor preso é Branislav Kontic. Ele atuou com Palocci na Casa Civil. Sociólogo de formação, “Brani”, como é conhecido, atuou com o ex-ministro também na época de deputado federal.
O ex-assessor de Palocci no governo, que trabalhou na Projeto, tem duas empresas ligadas ao seu nome: a Anagrama Consultoria e Assessoria e a Epoke Consultoria em Mídia Ltda.
A Polícia Federal chegou a montar um diagrama com as vinculações de negócios e societárias do ex-ministro Antonio Palocci. Em um desenho em forma de aranha que mostra as relações societárias de Palocci, a PF listou as três pessoas jurídicas a que o ex-ministro esteve ligado. A principal é a Projeto – Consultoria Empresarial e Financeira Ltda, empresa que ele passou a trabalhar a partir de 2006, depois de deixar o cargo de ministro da Fazenda no governo Lula.