domingo, 29 de maio de 2016

Orçamento para as eleições foi tema de encontro entre Temer e Gilmar Mendes, diz TSE


O ministro Gilmar Mendes em sua posse como presidente do TSE (12/05/2016) - Jorge William / Agência O Globo


André de  Souza - O Globo



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou neste domingo que a reunião entre o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, e o presidente interino Michel Temer, na noite de sábado, foi para tratar do orçamento da eleição municipal de 2016. Os dois se encontraram no Palácio do Jaburu.

Gilmar já reclamou publicamente que faltam R$ 250 milhões para garantir a realização das eleições deste ano. Na nota, o tribunal informa que há "necessidade de recomposição urgente do orçamento do TSE neste ano eleitoral". Diz ainda que precisa mandar fabricar 90 mil novas urnas para serem distribuídas em todos os estados. Também segundo o TSE, Gilmar se reuniu com o então ministro do Planejamento Romero Jucá, em 12 de maio deste ano, logo que assumiu a presidência do tribunal. Na ocasião, ele reivindicou a recomposição de, pelo menos, R$ 150 milhões dos R$ 250 milhões.

O presidente do TSE também teve um encontro na última sexta-feira com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar do tema. Gilmar Mendes "acredita que o problema será resolvido nos próximos dias para que o Tribunal acelere o processo de organização das eleições municipais", diz o TSE. Em 19 de maio, em entrevista após sessão da corte, Gilmar Mendes já tinha reclamado da falta de dinheiro. Segundo ele, o Congresso aumentou o volume de recursos para o fundo partidário, diminuindo a verba do tribunal.

- Já vinha acompanhando com o ministro (Dias) Toffoli (que presidiu o TSE antes de Gilmar), colegas já estão em contato com a SOF (Secretaria de Orçamento Federal), estamos buscando uma solução para o tema. As eleições custam alguma coisa de cerca de R$ 750 milhões e, nesse aperto geral das contas, manteve-se o número pedido pelo TSE, em princípio, mas com o fundo partidário sofreu um aumento significativo, faltou para o TSE - disse Gilmar, em 19 de maio.